9 DE JULHO DE 2015
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É verdade que o País já experimentou estes dois modelos e a dicotomia destas seis conclusões. Mas o que
vos disse traduz não só o que trouxe a Nação até aqui, como identifica, de forma cristalina, os dois caminhos
que a Nação pode percorrer no futuro.
Responder à questão como estamos hoje, com quatro anos de governação desta maioria, e como
estaríamos com um governo socialista, é, na verdade, responder também à questão como queremos estar
daqui a outro quadriénio.
Nós, no PSD, encaramos o futuro com muita confiança: confiança na capacidade dos portugueses;
confiança nas escolhas dos portugueses; confiança na credibilidade que reconquistámos na Europa e no
mundo; confiança no prosseguimento da reforma do Estado, da sustentabilidade dos sistemas públicos;
confiança no aprofundamento dos processos de descentralização, seja para as regiões autónomas seja para
as autarquias locais e entidades multimunicipais; confiança no setor social e na força das suas instituições;
confiança na competitividade da nossa economia, na capacidade dos nossos empreendedores e dos nossos
trabalhadores; confiança no retorno do investimento na inovação, na investigação e na ciência; confiança na
aposta em sectores-chave, como as novas tecnologias ou o turismo, o mar ou as indústrias criativas; confiança
no aproveitamento da nossa rede diplomática espalhada pelo mundo, e da qual fazem parte os 5 milhões de
portugueses que vivem no estrangeiro; confiança nas potencialidades da rede da lusofonia, que nos coloca e
integra em todos os espaços relevantes do mundo; confiança também, e finalmente, no projeto europeu, na
união monetária e na solidariedade europeia.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr.as
e Srs. Deputados: A Nação portuguesa renovou-se nos últimos
anos, preparou-se para um caminho de progresso, assente num crescimento económico sólido, gerador de
emprego e garante da saúde financeira do Estado e da salvaguarda das políticas sociais.
Temos, contudo, muitos desafios para vencer, como, por exemplo, o da prossecução de políticas que
removam obstáculos à natalidade e que invertam a tendência demográfica das últimas décadas; como, por
exemplo, o de oferecer aos jovens portugueses oportunidades de porem em prática profissional as
qualificações que obtiveram; como, por exemplo, o de garantir a todos os pensionistas segurança no
rendimento que esperam ter quando deixam a vida ativa.
Sr.as
e Srs. Deputados, é focados no futuro que nos apresentamos aos portugueses de cara levantada, com
a serenidade de quem fez o que tinha de ser feito, com confiança na capacidade do povo português, com a
convicção de que somos uma nação honrada e um povo trabalhador e empreendedor,…
O Sr. Jorge Fão (PS): — É só conversa!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … com a ambição de que, em Portugal, cada bebé que nasce,
independentemente do meio social e do local onde nasceu, terá uma oportunidade de construir um projeto de
vida pessoal e profissional feliz.
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Para os Deputados do PSD, para os 108 Deputados do PSD, deixo uma
última palavra.
Um dia, um deputado amigo e apoiante de Churchill ter-lhe-á dito o seguinte: «Não há posição mais difícil
do que estar na bancada a apoiar um governo. É muito difícil encontrar um meio-termo entre a independência
e a lealdade. O mais importante é impressionar a Câmara com a nossa seriedade».
Foi com essa seriedade, com independência e lealdade, com convicção que aqui estivemos estes quatro
anos, e podemos dizer que tivemos muito orgulho nisso.
Aplausos do PSD (de pé) e do CDS-PP (com Deputados de pé).
A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Telmo Correia.