9 DE JULHO DE 2015
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Há quatro anos, as empresas faliam e fechavam. Quando o PS chamou a troica, tínhamos falências em
crescimento.
Protestos da Deputada de Os Verdes Heloísa Apolónia.
Hoje, há mais empresas a abrir do que empresas a fechar, Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.
O turismo e as exportações batem recordes de sempre. Sim, estamos melhor do que há quatro anos!
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
Mesmo o desemprego, que chegou a atingir os 18%, está hoje nos 13%. Também aí, estamos melhor.
Em suma, numa Legislatura, cumprimos o plano de assistência, a troica saiu de Portugal, controlámos o
défice e invertemos um ciclo de recessão para abrir um novo ciclo de crescimento. E protegemos os mais
desfavorecidos. É indiscutível, só quem não quiser ver não reconhecerá que, sim, estamos melhor hoje do que
há quatro anos.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
Por outro lado, Sr. Primeiro-Ministro, Sr.as
e Srs. Deputados, já agora, convém também fazer um pouco a
história e refletirmos nas circunstâncias em que fizemos este percurso.
A verdade é que percorremos este caminho com os portugueses, mas fizemo-lo sem o mínimo de apoio ou
mesmo de compreensão por parte do principal partido da oposição.
Na verdade, o Partido Socialista não só nunca assumiu as suas responsabilidades como fez todo o
contravapor que pôde para criar mais problemas. E mesmo este debate não tem sido uma exceção.
O Sr. Primeiro-Ministro falou em 10 pragas. Eu somaria a essas 10 pragas — o PS, agora, está, de facto,
bíblico e fala em sete pecados capitais — sete erros colossais do Partido Socialista.
Foi o PS que, pelo excesso de despesa, conduziu o País à pré-bancarrota;
Foi o PS que chamou a troica para Portugal, negociou e assinou o Memorando de Entendimento, que
depois renegou;
Protestos do PS.
Foi o PS, que, conhecendo as suas responsabilidades nos problemas criados, nunca nos ajudou a
ultrapassá-los;
Protestos do PS.
Foi o PS que passou todo o tempo a fazer previsões erradas, que mais pareciam agoiros — era o
incumprimento, era a espiral recessiva, era a necessidade do programa cautelar, etc. (e agora descobriram
mais um, o de que, quando a Grécia cair, nós caímos também) —, agoiros permanentes;
Foi o PS que sempre defendeu que era preciso negociar mais tempo e mais dinheiro, ou seja, no que
dependesse do PS, a troica ainda estaria em Portugal;
Não contente com isto tudo, o PS embandeirou em arco com a vitória do Syriza, que dizia ser a grande
mudança na Europa. Carlos César dizia mesmo que as propostas do PS eram iguais às dos gregos;
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
Por último, agora que Portugal terminou o programa e que está estável, querem colar-nos à situação da
Grécia, puxando-nos para baixo, por uma razão que é estritamente ideológica.
É certo, Srs. Deputados, que alguns destes pecados serão, apesar de tudo, veniais, mas são pecados
fatais para a credibilidade do Partido Socialista, fatais para um partido que nunca foi capaz de emendar a mão