23 DE SETEMBRO DE 2016
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«A Organização Mundial da Saúde (OMS) oficializou a eliminação em Portugal do sarampo e da rubéola.
Para além destas doenças, a OMS certificou a erradicação, no nosso País, da malária, varíola e poliomielite
(paralisia infantil). Há ainda mais duas doenças que já não circulam em Portugal: a difteria (sem transmissão há
cerca de 30 anos) e a raiva humana.
Os resultados agora divulgados são naturalmente resultado do Programa Nacional de Vacinação em
Portugal, mas estão indelevelmente associados à existência do Serviço Nacional de Saúde.
Efetivamente, a alteração significativa nos indicadores de saúde e o desaparecimento destas e de outras
doenças deveu-se à conjugação destes dois vetores e das alterações ocorridas nas condições de vida das
pessoas.
O Programa Nacional de Vacinação — universal e gratuito —, que teve a sua última atualização em junho
de 2015 para incluir uma nova vacina em cumprimento de uma resolução da Assembleia da República, necessita
de ser melhorado e aprofundado.
Portugal deve continuar a reforçar o Serviço Nacional de Saúde, o Programa Nacional de Vacinação e as
políticas de saúde pública.
Neste sentido, a Assembleia da República congratula-se com o reconhecimento por parte da Organização
Mundial de Saúde da eliminação de rubéola e de sarampo em Portugal e louva o trabalho levado a cabo pelos
profissionais do Serviço Nacional de Saúde, que é crucial para a melhoria dos indicadores de saúde dos
portugueses e para a erradicação das doenças».
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos proceder à votação do referido voto.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Passamos ao voto n.º 130/XIII (2.ª) — De saudação às Missões Portuguesas aos Jogos Olímpicos e
Paralímpicos do Rio 2016 (Presidente da AR, PSD, PS, BE, CDS-PP, PCP, Os Verdes e PAN), que vai ser lido
pela Sr.ª Secretária, Deputada Idália Salvador Serrão.
A Sr.ª Secretária (Idália Salvador Serrão): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte
teor:
«Findos os ciclos olímpico e paralímpico, é merecido o reconhecimento público às Missões Portuguesas aos
Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio 2016, por terem honrado e dignificado o desporto português ao mais
alto nível.
Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos são os eventos desportivos mundiais por excelência, constituindo
momentos áureos das carreiras desportivas dos nossos atletas.
No Rio, os atletas portugueses souberam ser uma vez mais fiéis aos valores da excelência, da amizade e do
respeito e também da coragem, da determinação, da inspiração e da igualdade: os valores que regem os
movimentos olímpico e paralímpico.
Para além do empenho e brio que todos os atletas colocaram nas suas prestações, merecem destaque as
cinco medalhas de bronze e os trinta e cinco diplomas obtidos pelas missões nacionais.
A atleta Telma Monteiro, no judo (-57 kg), conquistou a única medalha olímpica, merecendo uma justa palavra
de reconhecimento e gratidão pela perseverança e garra que incutiu na sua prestação.
O atleta paralímpico Luís Gonçalves conquistou a medalha de bronze nos 400 metros, classe T12 (deficientes
visuais), alcançando uma nova marca pessoal. Manuel Mendes chegou à quarta medalha de bronze nos
Paralímpicos, na maratona T46.
Ainda em termos individuais, José Carlos Macedo, no boccia BC3, assegurou o terceiro lugar no pódio e, em
termos coletivos, a equipa de boccia BC1-BC2 constituída por Abílio Valente, António Marques, Cristina
Gonçalves e Fernando Ferreira alcançou a 90.ª medalha para Portugal em Jogos Paralímpicos, ao bater a
Argentina por 6-2.
Medalhas e diplomas que nos enchem de orgulho, embora essa seja apenas uma faceta da participação
nacional nestes importantes eventos: é o exemplo dado que perpetua o nome de Portugal nos Jogos Olímpicos
e Paralímpicos. Porque com o empenho, a dedicação e a capacidade de superação que todos lhes reconhecem,
os atletas nacionais deram corpo à excelência desportiva.