I SÉRIE — NÚMERO 11
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Transformar esta estrada numa via verde nacional para o turismo, promovendo este elo de ligação do País,
incentivando a valorização ambiental, o desenvolvimento sustentável de uma grande região que é o interior de
norte a sul, deve ser o nosso desígnio.
Sr.as e Srs. Deputados, o caminho faz-se caminhando! Nós estamos a fazer a nossa parte, caberá a todos o
papel de concretizar no terreno este projeto.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Durante a intervenção, foi projetada uma Imagem, que pode ser vista no final do Diário.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para apresentar o projeto de resolução do PS, tem a palavra o
Sr. Deputado Francisco Rocha.
O Sr. Francisco Rocha (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Desde sempre, as vias de
comunicação foram consideradas elementos centrais do desenvolvimento das sociedades ao conseguirem
melhorar e facilitar a circulação de pessoas e mercadorias e elevar a sua segurança.
Hoje, não estamos só a falar do contributo e da importância que a estrada nacional n.º 2 teve, e tem, no
desenvolvimento do nosso País. Hoje, vamos falar de uma via estruturante que quer elevar a sua condição, ao
querer transformar-se num produto e num conceito inovador que permita, com outra facilidade, promover o
desenvolvimento turístico, a promoção económica e cultural dos 32 concelhos que tocam com esta via ao longo
de Portugal, transformando-a na nossa maior plataforma turística.
Aquilo que hoje debatemos na Casa da democracia é um pretexto de 739,26 km transformado em vontade
de unir, desenvolver e aprofundar relações entre territórios tão diferentes como, por exemplo, Vila Real e Faro,
Lamego e Castro Verde, Penacova e Sardoal, concretizados nas respetivas tradições, história, património,
paisagem, cultura, recursos endógenos e gastronomia, reunidos de forma estratégica sob a designação de
«rota».
Saudamos o PSD e o CDS pela súbita descoberta do potencial da estrada nacional n.º 2 e não podemos
deixar de criticar o facto de esses mesmos partidos ignorarem olimpicamente o trabalho desenvolvido pelos
municípios, alguns sob a liderança do PSD, em todo este processo que dura há mais de dois anos.
Aplausos do PS.
Por isso, em nome da mais elementar justiça, temos o dever de afirmar aqui que o impulso da constituição
da «rota» tem autor, local e data, não nasceu de geração espontânea, não teve origem em qualquer governo da
nossa democracia, não foi desencadeado por nenhuma entidade turística ou numa qualquer viagem efetuada a
pé, de bicicleta ou de veículo motorizado, A iniciativa da «rota» nasceu de quem vive, trabalha e representa as
populações desta verdadeira espinha dorsal de Portugal.
Por isso, o Partido Socialista não pode deixar de sublinhar o papel liderante do Presidente da Câmara
Municipal de Santa Marta de Penaguião, Luís Machado, a quem aproveito para cumprimentar, que, em junho
de 2014, decidiu convidar todos os municípios atravessados pela estrada nacional n.º 2 para partilhar a sua
visão e, desde aí, encetar o caminho de concretização desse objetivo.
Na sua pessoa, gostaríamos de cumprimentar e elogiar todos os autarcas que, brevemente, vão concretizar
a formalização da associação de municípios da rota da estrada nacional n.º 2. Esta nova associação será a peça
fundamental para a consagração, no âmbito das opções de desenvolvimento regional, de uma intervenção
integrada, concertada e coordenada entre os municípios e os diversos organismos tutelados pelo Estado que
têm como principal incumbência tratar das infraestruturas e do turismo em Portugal.
Assim sendo, faz sentido que esta Assembleia, através dos partidos nela representados, recomende ao
Governo um forte envolvimento neste projeto, enquadrado numa relação de verdadeira parceria com as
autarquias locais, que permita dar a este desafio uma dimensão que ultrapasse as nossas fronteiras e que, no
limite, possa adquirir, junto da UNESCO, o estatuto de Património Imaterial da Humanidade e que dessa sinergia
possa resultar o reforço da sua capacidade de promoção e atração turística desta invulgar estrada, assim como
um novo impulso no que se refere à sua manutenção, segurança, informação e sinalética, não esquecendo a