I SÉRIE — NÚMERO 19
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onde estaremos abertos a muitas melhorias. Penso que essa deverá ser uma das questões aí abordada, porque
é, de facto, uma melhoria para as empresas.
Quanto à fatura energética, temos trabalhado paulatinamente, de forma muito aturada, no sentido de
conseguir reduzir algumas dessas rendas e reduzir os preços. O preço do gás natural desceu, este ano,18%
para os consumidores e 22% a 28% para as empresas. Foi uma descida importante que quero aqui assinalar.
Também vamos ter um aumento do preço de eletricidade abaixo da inflação, algo que não se via desde 2006.
E vamos fazer isso num contexto em que se reduz, também, o défice tarifário, o que penso ser importante. Mas
há muito trabalho que temos feito e que vamos continuar a fazer.
O Sr. Deputado Luís Testa falou das propostas do PSD. Aproveito para responder também à questão de o
debate ser ou não aceso: se for para fazer um debate aceso, falar do passado e falar de tudo menos do
Orçamento, não contem comigo!
Aplausos do PS.
Vim a este Plenário falar do Orçamento e foi das medidas do Orçamento que falei. Foi das medidas do
Orçamento e das medidas de política do Governo que se ligam e que estão no Orçamento, sendo que parte
destas foram já implementadas ao longo deste ano e, se os Srs. Deputados do CDS-PP não tiveram o prazer
de as acompanhar, é pena.
Como também é pena que não tenham tido tempo, ou atenção, para ler a parte fiscal do Orçamento, porque
veriam que, no turismo, também há uma redução do IVA da restauração que foi muito aplaudida pelo setor.
Veriam ainda que muitas das medidas que referi, quer do crédito fiscal ao investimento quer da redução do IRC
para o interior, estão inscritas no Orçamento, é só ler, é só dar atenção.
Aplausos do PS.
É preciso dar atenção à questão da remuneração convencional do capital, que reduz a tributação sobre quem
capitaliza as empresas, uma medida muito importante, não só pelo apoio que dá às empresas que querem
investir, capitalizando-se, mas também pelos incentivos corretos que dá a uma economia que, infelizmente, está
sobreendividada.
Queria salientar que falou do crescimento, e falou do crescimento nos dois anos consecutivos. A diferença é
que, em 2015, se as coisas começaram bem, acabaram mal — com o crescimento no segundo trimestre a ser
pior do que no primeiro, com o crescimento no terceiro trimestre a ser, de facto, anémico, um crescimento em
cadeia de 0,1% — e em 2016 estamos a ter o contrário. E, portanto, todo o discurso de que estamos a ter menos
crescimento porque há menos confiança neste Governo cai por terra quando, no segundo trimestre deste ano,
já tivemos melhor crescimento do que no primeiro e quando no terceiro trimestre vamos ter melhor crescimento
do que no segundo, o que demonstra que as empresas quanto mais conhecem este Governo mais confiança
estão a ter.
Aplausos do PS.
O que demonstra que também os consumidores, também os agentes económicos estão a ter mais confiança
e é isso mesmo que mostram os indicadores quer do INE quer do Banco de Portugal.
Este Governo está a trabalhar com as empresas, está a trabalhar em programas concretos e programas
integrados.
O Sr. Deputado Hélder Amaral falou aqui do Programa Capitalizar. É verdade que algumas medidas já foram
concretizadas antes, várias medidas estão neste Orçamento, mas outras medidas de reestruturação empresarial
só serão apresentadas até ao final do ano e serão implementadas no primeiro semestre do próximo ano.
Este Orçamento prevê o ingresso de até 400 oficiais para reforçar os tribunais e, portanto, também essa
medida está a ser concretizada e talvez merecesse mais atenção.
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Não está no Orçamento!