4 DE NOVEMBRO DE 2016
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Aplausos do PS.
Ao contrário do que aconteceu no ano passado, em que a economia foi desacelerando ao longo do ano,
estamos a ter sinais mais positivos ao longo do ano, que esperemos que se reforcem também em 2017.
O Governo, logo nos primeiros meses, empenhou-se na melhoria dos pagamentos e na aceleração dos
fundos estruturais para reforçar o investimento. Lançámos o Plano 100 e colocámos 116 milhões de euros nas
empresas nos primeiros 100 dias de governação. Em Julho, reforçámos este compromisso com o programa
Acelerador de Investimento Portugal 2020, majorando a taxa de apoio às empresas que acelerassem os
processos de investimento. Até setembro, recebemos mais de 21 000 candidaturas, aprovámos mais de 6300
projetos e executámos pagamentos de incentivos às empresas de mais de 330 milhões de euros.
Aplausos do PS.
A forte procura de fundos pelas empresas demonstra um reforço da confiança dos investidores e empresários
nacionais. O elevado nível de endividamento das empresas portuguesas é ainda um entrave ao crescimento;
por isso, definimos o financiamento e a capitalização das empresas como uma prioridade e lançámos o programa
Capitalizar, que inclui medidas fiscais e de simplificação administrativa, que estamos a concretizar no presente
Orçamento, medidas de reestruturação empresarial, que deverão ser apresentadas até ao final deste ano, e os
novos instrumentos de financiamento e de investimento, que implementámos desde março do corrente ano.
Estes instrumentos de financiamento e de capitalização permitem financiar investimentos até 1700 milhões
de euros para as PME e incluem: linhas de crédito com garantia para o apoio do investimento, que já estão
disponíveis; uma linha de capitalização, com financiamento a operações de capital reversível para as PME;
instrumentos de capital de risco e de apoio a Business Angels, cujo concurso foi já concluído e que vão permitir
disponibilizar, desde já, mais de 220 milhões de euros para investir em novas empresas; lançámos também
linhas de financiamento específicas para o setor do turismo, que estão já a ter uma elevada procura, e este
Orçamento vai permitir reforçar estes instrumentos e lançar o Fundo de Investimento para o Turismo.
Tivemos, no primeiro semestre deste ano, um crescimento do investimento das empresas não financeiras e
também um crescimento do investimento direto estrangeiro em praticamente todos os setores da economia.
Queremos um Portugal mais moderno e mais produtivo. Estamos, desde o primeiro dia, a promover a
inovação e a melhoria tecnológica da nossa indústria como estratégia de competitividade, não aceitando a ideia
de que a competitividade se reforça pela baixa dos salários.
Aplausos do PS.
Só criando mais valor pela inovação podemos ser mais competitivos e, este ano, estamos a demonstrar que,
mesmo com o aumento do salário mínimo e com o reforço dos salários e do rendimento, foi possível criar mais
emprego, foi possível ter mais investimento das empresas privadas.
Nesse sentido, fizemos um importante esforço de mobilização dos instrumentos financeiros e dos fundos do
Portugal 2020, mas fizemos essa mobilização também para o apoio da inovação e para o apoio e reforço da
atuação dos centros tecnológicos.
Estamos a desenvolver programas de aceleração da digitalização da indústria e de apoio às startups, com o
Indústria 4.0 e o programa Startup Portugal, que criou já uma rede de incubadoras nacionais, que lançou já
instrumentos como o Startup Voucher e o Vale de Incubação e que, neste Orçamento, concretiza mais uma das
suas medidas, o programa Semente, que cria um sistema de incentivos fiscais que coloca Portugal ao nível das
melhores práticas no apoio às startups e às empresas inovadoras.
Aplausos do PS.
Estamos também a promover a internacionalização das empresas inovadoras, alavancando as
oportunidades do Web Summit para captar novos investidores.