I SÉRIE — NÚMERO 19
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durante todo o ano; o subsídio de refeição será aumentado para os trabalhadores da Administração Pública; o
complemento solidário para idosos, o rendimento social de inserção e o abono de família serão reforçados; a
contribuição extraordinária de solidariedade será eliminada; as pensões serão aumentadas.
Aplausos do PS.
Em janeiro, avançará a atualização automática que esteve suspensa pelo anterior Governo até 2015. Esta
atualização automática irá abranger 2,9 milhões de pensões.
Em agosto, haverá um aumento extraordinário, até 10 €, para as pensões que estiveram congeladas entre
2011 e 2015. Esta atualização extraordinária irá abranger 1,5 milhões de pensionistas.
Sr. Ministro das Finanças, o PSD e o CDS retiraram o complemento solidário a 70 000 idosos para financiar
o aumento de parte das pensões mínimas, deixando de fora das atualizações 771 000 pensões mínimas durante
quatro anos.
Aplausos do PS.
A direita quis colocar pobres contra pobres. Onde o PSD e o CDS veem despesa social, nós vemos
investimento social.
Aplausos do PS.
Nessa medida, consideramos que o Orçamento para 2017, ao aumentar pensões ao mesmo tempo que
reforça o complemento solidário para idosos, prossegue o caminho mais eficaz no combate à pobreza.
Sexta marca deste Orçamento: estabilidade e redução da carga fiscal.
Este Orçamento dá continuidade à redução da carga fiscal. É um Orçamento que mantém o peso dos
impostos indiretos bem abaixo do objetivo traçado pelo anterior Governo no PEC (Programa de Estabilidade e
Crescimento) de 2015. Isto é, o peso dos impostos indiretos continua bem abaixo dos 15,2%.
Aplausos do PS.
Sr. Ministro, a direita entrou por maus caminhos: o PSD e o CDS falharam todas as metas orçamentais; o
PSD e o CDS foram incapazes de governar sem Orçamentos retificativos; o PSD e o CDS foram incapazes de
governar para atingir um défice abaixo dos 3%; o PSD e o CDS estavam convencidos de que a estratégia
económica e orçamental da atual maioria parlamentar levaria a resultados negativos no curto prazo —
enganaram-se!; o PSD e o CDS apostaram tudo nos planos b, que nunca existiram, e nas medidas adicionais,
que nunca chegaram.
Em maio deste ano, Maria Luís Albuquerque, que enquanto Ministra das Finanças falhou todas as metas
orçamentais, teve o descaramento de vir a público defender que as previsões do Governo são irrealistas.
Insatisfeita por não acertar uma única profecia, Maria Luís Albuquerque subiu a parada e em setembro último
proclamou, relativamente ao défice de 2016, que a meta nem seria de 2,7% nem sequer de 3% — de todo!
A cegueira política foi tão longe que há menos de um mês ouvimos um dirigente do PSD, Leitão Amaro,
anunciar que os dados da execução orçamental de 2016 estavam falseados.
O Sr. AntónioLeitãoAmaro (PSD): — Não, não! Não foi nada disso que eu disse!
O Sr. JoãoPauloCorreia (PS): — Volvidos poucos dias, a previsão do Banco de Portugal para o défice de
2016 na casa dos 2,5% fez ruir, uma vez mais, o discurso obsessivo, catastrofista e arrogante da direita.
Aplausos do PS.