I SÉRIE — NÚMERO 20
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O Sr. Primeiro-Ministro: — Um agradecimento a todos os membros do Governo, porque todos funcionaram
em equipa com o Ministro das Finanças para podermos ter a execução orçamental que tivemos e que nos honra
perante todos.
Aplausos do PS.
Um agradecimento também às Deputadas e aos Deputados da maioria parlamentar pela confiança que nos
deram para aprovar e executar o Orçamento que executámos durante o ano de 2016.
Aplausos do PS.
Um agradecimento, ainda, a todos os parceiros sociais, cujo esforço de concertação foi essencial para que
Portugal tivesse a paz social que teve ao longo deste ano.
Aplausos do PS.
Risos e protestos do PSD e do CDS-PP.
Sr. Presidente, como me competia, ouvi com atenção, desde o primeiro ao último minuto, todo o debate deste
Orçamento, na esperança, que todo o otimista sempre deve ter, de poder encontrar, junto da oposição, algum
contributo útil para poder melhorar o Orçamento, mas a verdade é que, chegando a esta fase do debate
parlamentar, só pude encontrar em Os Verdes, no PCP, no Bloco de Esquerda e no PS novas ideias e
contributos positivos para a melhoria deste Orçamento na especialidade.
Aplausos do PS.
Protestos do PSD e do CDS-PP.
Como é óbvio, ouvi com especial atenção e consideração os 20 minutos do líder da oposição. E, durante os
20 minutos da intervenção do Dr. Passos Coelho, não ouvi uma visão estratégia, não ouvi uma ideia para o País,
mas pior…
Aplausos do PS.
Protestos do PSD e do CDS-PP.
Ó Srs. Deputados, ouçam um bocadinho! Sei que foi muito difícil ouvi-lo e, pior ainda, têm medo que eu repita
o que ele disse, mas não vou repetir.
Aplausos do PS.
Mas o mais extraordinário do discurso do Dr. Pedro Passos Coelho é que, durante 20 minutos, não falou uma
única vez das pessoas, nem dos desempregados, nem dos empresários, nem dos jovens, nem dos idosos. A
única pessoa que existe…
Aplausos do PS.
… no discurso do Dr. Pedro Passos Coelho é ele próprio e o fantasma do seu Governo.
Aplausos do PS.