5 DE NOVEMBRO DE 2016
93
Submetida à votação, foi aprovada, com votos a favor do PS, do BE, do PCP e de Os Verdes, votos contra
do PSD e do CDS-PP e a abstenção do PAN.
Aplausos do PS, de pé.
A proposta de lei baixa à 5.ª Comissão.
Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, se quiserem retirar-se, estão em condições de o fazer.
Vamos agora prosseguir com votações regimentais.
Começamos por votar o voto n.º 152/XIII (2.ª) — De pesar pelo falecimento de Manuel de Sampaio Pimentel
(CDS-PP, PSD e PS), o qual vai ser lido pelo Sr. Secretário António Carlos Monteiro.
O Sr. Secretário (António Carlos Monteiro): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte
teor:
«No dia 1 de novembro, morreu, aos 46 anos de idade, Manuel de Sampaio Pimentel.
Nascido na freguesia da Sé, no Porto, serviu e viveu como exemplo do que sempre considerou serem valores
portuenses: a frontalidade, a retidão e a capacidade de trabalho.
Licenciado em Direito pela Universidade Católica, fez duas pós-graduações, em Fiscalidade e em Ciências
Jurídico-Empresariais.
Foi vereador pelo CDS, em coligação, sob a presidência de Rui Rio, e voltou a servir o município do Porto
com Rui Moreira, como vereador eleito na lista independente.
Sem medo de polémicas ou de disputas, capaz de sacrifícios pessoais pelo imperativo de defender e de fazer
aquilo em que acreditava, era conscientemente desafiador e controverso — tudo em nome das suas convicções
profundas e inabaláveis, às vezes mesmo intransigentes e teimosas mas sempre bem-intencionadas. Mais do
que isso, era tão absolutamente leal nas suas amizades como nas suas convicções, pondo sempre essa
lealdade à frente do seu conforto, das suas conveniências ou do seu interesse pessoal. Era um amigo com quem
sempre se podia contar, franco nas opiniões e seguro no apoio.
Dono de um caráter vertical e com um sentido de justiça particularmente apurado, Manuel de Sampaio
Pimentel afirmou-se pela sua dedicação aos outros, como diretor do Centro Distrital de Segurança Social do
Porto, nos esforços para melhorar o seu concelho ou o seu distrito, como vereador da Câmara Municipal ou
como Vice-Presidente da CCDR-Norte, e, bem assim, pela firmeza com que viveu a sua participação política,
como cidadão e dirigente nacional do CDS, mas, acima de tudo, na entrega à causa pública.
Manuel de Sampaio Pimentel, mais do que um percurso político exemplar que muitos de nós pudemos
partilhar e testemunhar, deixa acima de tudo, enquanto cidadão, homem de fé e de valores, um exemplo e um
legado. A sua tenacidade, a sua coragem, a sua frontalidade, a sua verticalidade, a sua dedicação, mas,
também, o seu peculiar sentido de humor e o seu espírito autocrítico, enfim, a sua nobreza de caráter, ficam
como inspiração e exemplo.
A Assembleia da República apresenta as condolências à sua família e amigos e aos portuenses, a quem, e
por quem, se dedicou».
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar o voto.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Eu próprio e a Mesa da Assembleia da República associamo-nos ao pesar da família e dos autores do voto.
Passamos ao voto n.º 156/XIII (2.ª) — De pesar pelo falecimento de Bernardino Gomes (Presidente da AR,
PS, PSD e CDS-PP), que vai ser lido pela Sr.ª Secretária Idália Salvador Serrão.
A Sr.ª Secretária (Idália Salvador Serrão): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte
teor:
«Bernardino do Carmo Gomes, fundador do Partido Socialista e um dos participantes na Conferência de Bad
Münstereifel, morreu no passado dia 29 de outubro, aos 72 anos.