I SÉRIE — NÚMERO 21
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O Sr. JorgePauloOliveira (PSD): — Seja séria!
A Sr.ª MarianaMortágua (BE): — Srs. Deputados, a única forma de proteger e garantir decência nos salários
do setor público é limitá-los ao salário do Primeiro-Ministro, que é a pessoa com maior poder executivo no País.
O Sr. PedroFilipeSoares (BE): — Muito bem!
A Sr.ª MarianaMortágua (BE): — Esta foi a proposta do Bloco e foi esta a proposta que os Srs. Deputados
votaram contra.
Em relação à transparência, a lei já exige que a declaração seja entregue ao Tribunal Constitucional. Não
aceitaremos nada menos que transparência e mais exigência.
É esta a posição do Bloco de Esquerda.
Aplausos do BE.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra, de novo, o Sr. Secretário de Estado Adjunto, do Tesouro e das Finanças.
O Sr. Secretário de Estado Adjunto, do Tesouro e das Finanças: — Sr. Presidente, começo por agradecer
as intervenções dos Srs. Deputados.
Srs. Deputados, queria dizer que tenho o maior respeito pelo Tribunal Constitucional. O Tribunal
Constitucional teve um papel muito importante nos últimos quatro anos, como todos sabem.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Muito bem lembrado!
O Sr. Secretário de Estado Adjunto, do Tesouro e das Finanças: — Em relação às remunerações da
Caixa, o facto de as mesmas, desde sempre, terem sido definidas não pela regra mas pela exceção mostra bem
os limites que existiam. Eu podia contratar qualquer gestor da City de Londres e pagar-lhe um valor igual ao do
seu salário anterior, se quisesse.
O Sr. João Oliveira (PCP): — É um facto!
O Sr. Secretário de Estado Adjunto, do Tesouro e das Finanças: — Se esta administração ganhasse a
média do vencimento dos últimos três anos, em conjunto ganharia mais ou menos o mesmo, mas teria pessoas
que ganhariam mais do que o Presidente, o que não faz sentido numa empresa bancária que está em
concorrência num setor altamente competitivo.
Por último, nada tenho a acrescentar às discussões que já tivemos aqui em relação aos outros temas. Acho
que é muito clara a posição do Governo e que é muito claro que a Caixa devia ser utilizada como um banco que
reforça a economia portuguesa e não como um instrumento de batalha política e de arremesso político que
apenas pretende denegrir a Caixa e contribuir para a sua destruição.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, passamos ao artigo 22.º — Estratégia de combate à precariedade.
Tem a palavra a Sr.ª Deputada Inês Lamego, do Grupo Parlamentar do PS.
A Sr.ª InêsLamego (PS): — Sr. Presidente, permita-me que, na sua pessoa, cumprimente todos os
presentes.
O direito ao emprego é para este Governo e para o Grupo Parlamentar do PS absolutamente fundamental,
não só para a dinâmica económica do País, como para a prossecução de finanças públicas saudáveis e para a
sustentação do sistema da segurança social.
Mas a economia e as finanças existem para as pessoas e é por elas que lutamos, não só pelo direito ao
emprego, mas também pelo emprego digno e estável, uma estabilidade que sustenta a idealização e a