I SÉRIE — NÚMERO 23
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É por isso, Sr.as e Srs. Deputados, que apoiar as jovens famílias com filhos é uma prioridade do PS, como é
uma prioridade deste Orçamento. É uma prioridade que prova, mais uma vez, que não há inevitabilidades na
política; há opções, há escolhas, e este Orçamento assume essas opções e essas escolhas. Onde o anterior
Governo escolheu e aceitou empobrecer, o PS define prioridades. Apoiar as jovens famílias com filhos é uma
prioridade. É uma prioridade que se revela compatível com as boas finanças públicas e, acima de tudo, é uma
prioridade que prova que é possível não desistir de um País decente, que é possível não desistir do futuro de
Portugal.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Passamos ao artigo 209.º — Alteração ao Decreto-Lei n.º 29/2006, de 15 de fevereiro.
Tem a palavra a Sr.ª Deputada Fátima Ramos, do Grupo Parlamentar do PSD.
A Sr.ª Fátima Ramos (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, o Governo
anterior cortou 4000 milhões de euros em rendas excessivas, afrontou grandes empresas, retirando-lhes
benefícios dados pelo Governo socialista; o Governo atual dá benefícios a estas grandes empresas ao permitir
a reavaliação dos ativos.
Com os cortes que fez, o Governo anterior evitou aumentos de tarifas em 12% a 14%, limitando-os a 1,5% e
a 2%, e reduziu a dívida tarifária.
Estas alterações legislativas, ao aumentarem a intervenção parlamentar, têm um aspeto positivo, mas o que
queremos é que o Governo continue o trabalho que vinha a ser feito de redução da dívida, para que, no futuro,
as pessoas possam pagar menos pela energia.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: — Passamos ao artigo 211.º — Alteração ao Regulamento das Custas Processuais.
Em nome do Grupo Parlamentar do PS, tem a palavra o Sr. Deputado Filipe Neto Brandão.
O Sr. Filipe Neto Brandão (PS): — Sr. Presidente, a nossa proposta visa, em rigor, manter a pré-existência
normativa decorrente do Regulamento das Custas Processuais, porque entendemos que, com a proposta de
supressão da intervenção mediadora do juiz de direito, em casos pontuais — é certo, em casos pontuais —,
poderia conduzir-se a um aumento irrazoável das custas processuais.
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Ah!…
O Sr. Filipe Neto Brandão (PS): — Ora, com a expectável aprovação da nossa proposta, poderemos
assegurar que, nesta matéria, não haverá em caso algum, em 2017, alguém que possa ser coagido a suportar
maiores custos do que aqueles que hoje suporta.
Continuará, pois, a ser ponderada a especificidade da situação, a complexidade da causa e a conduta
processual das partes para se admitir de forma fundamentada a dispensa de pagamento do remanescente da
taxa de justiça.
Portanto, em síntese, o acesso à justiça não resultará mais oneroso.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Relativamente ao mesmo artigo, tem a palavra a Sr.ª Deputada Sandra Cunha, do
Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda.
A Sr.ª Sandra Cunha (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados,
atualmente, as vítimas de violência doméstica já estão, por iniciativa do Bloco de Esquerda, isentas de custas
processuais nos processos em que intervenham na qualidade de assistentes.