I SÉRIE — NÚMERO 28
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O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Os catastrofistas, os «Velhos do Restelo», os fanáticos que andaram a
encher a boca acusando o PSD de estar a destruir a escola pública vão ter de engolir mais um sapo, um sapo
de realidade.
O PSD não só não destruiu como, ao contrário, melhorou e qualificou a escola pública e o sistema de ensino
em Portugal.
O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — E de que maneira!…
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Os resultados não mentem e nenhuma azia, mesmo que ideológica, os
pode desmentir.
O ensino em Portugal, a sua exigência e o ímpeto reformista trouxeram mais equidade e atenuaram as
desigualdades sociais.
Aplausos do PSD.
Claro que, num processo complexo como este, todos os fatores contam, e contaram: a dedicação e o sentido
de responsabilidade dos alunos, o espírito de missão e o profissionalismo dos professores, a disponibilidade dos
assistentes e auxiliares operacionais e administrativos, o acompanhamento e o envolvimento dos encarregados
de educação, a intervenção das instituições e das autarquias locais. Todos — repito, todos — partilham o mérito
deste resultado.
Aplausos do PSD.
Mas, Sr.as e Srs. Deputados, os nossos alunos do 4.º ano conseguiram um desempenho a Matemática melhor
do que, por exemplo, a Finlândia ou a Holanda, conseguimos estar, pela primeira vez, acima da média da OCDE
nas Ciências, na Matemática e na Leitura, quando estamos a falar de alunos de 15 anos de idade, mas também
conseguimos diminuir a taxa de abandono precoce de educação e formação, que passou de 28,3% para 13,7%,
melhorar a taxa de qualificação educacional com o ensino superior, que passou de 24% para 31,9%, aumentar
os níveis de qualificação da população ativa e também as taxas de conclusão dos ensino básico e secundário
ou, mesmo, diminuir, e muito, as taxas de retenção. Nada disto seria viável sem políticas estruturalmente
corretas. Para conseguirmos tudo isto, de 2011 a 2015, contribuíram os agentes e a comunidade escolar, mas
contribuíram também as políticas estruturalmente corretas que foram empreendidas.
Sim, as políticas sem preconceitos, as políticas sem revanchismos sectários, as políticas de rigor, de
exigência, de transparência, de monitorização e de autonomia!
Sim, as avaliações em final de ciclo, que possibilitam uma análise sistemática e transparente!
Sim, a definição de metas curriculares claras e de objetivos ambiciosos em áreas fundamentais como a da
Matemática, a das Ciências ou a da Língua!
Sim, a melhoria da formação e avaliação contínua dos professores!
Sim, um maior envolvimento das famílias e das autarquias locais!
Sim, uma ação social escolar reforçada!
Sim, não deixando as escolas públicas sem funcionários!
A Sr.ª Ana Virgínia Pereira (PCP): — Isso é mentira!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sim, não cortando, como agora se corta, 20% do orçamento das escolas
de forma absolutamente cega!
E, sim, ouvindo, dialogando, mas não ficando capturados por interesses corporativos e muitas vezes
partidários de alguns agentes sindicais!
O Sr. Duarte Filipe Marques (PSD): — Muito bem!