I SÉRIE — NÚMERO 30
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O Sr. Presidente: — Fica registado, Sr. Deputado.
Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Filipe Soares.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, é também para anunciar a entrega de uma declaração
de voto sobre a votação do voto n.º 171/XIII (2.ª).
O Sr. Presidente: — Fica registado, Sr. Deputado.
Passamos ao voto n.º 172/XIII (2.ª) — De condenação pelo atentado terrorista contra a comunidade cristã
copta no Cairo (CDS-PP e Deputados do PSD e do PS).
Tem a palavra, para ler o voto, o Sr. Secretário António Carlos Monteiro.
O Sr. Secretário (António Carlos Monteiro): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte
teor:
«No passado dia 11 de dezembro, o Egipto voltou a testemunhar o horror e a barbárie do terrorismo. Desta
vez, o atentado foi cirurgicamente perpetrado no interior da Igreja de São Pedro e São Paulo, junto à Catedral
copta de São Marcos, vitimando mortalmente 25 cristãos e ferindo mais de 40 outros, incluindo mulheres e
crianças.
O ataque, reivindicado pelo Daesh, foi o mais violento dos últimos anos contra aquela minoria cristã, que
representa cerca de 10% dos 80 milhões de egípcios. Os cristãos coptas têm sido, recorrentemente, alvo de
matança sectária por diversos grupos radicais. Este incidente insere-se numa curva preocupante de
perseguições, cada vez mais frequentes, contra os cristãos no Médio Oriente, que não pode deixar de ser
denunciada e condenada veementemente.
A perseguição aos cristãos, inspirada no ódio e na intolerância, não é inédita. Ano após ano, são várias as
minorias cristãs que continuam a sofrer as atrocidades dos vários movimentos fundamentalistas e radicais, de
inspiração jihadista, principalmente o Daesh, provocando sentimentos de medo e insegurança e instaurando um
asfixiante clima de terror nestas comunidades.
Uma vez mais, a Assembleia da República não pactua no silenciamento e denuncia crimes e perseguições
por razões religiosas, em particular contra as minorias cristãs no Médio Oriente, e nesse sentido:
1 — Condena firmemente o atentando lançado contra os cristãos coptas no passado dia 11 do presente mês;
2 — Expressa o seu profundo pesar pela perda de vidas humanas às mãos do radicalismo e fundamentalismo
jihadista, apresentando as suas condolências às famílias das vítimas e aos seus próximos;
3 — Manifesta a sua preocupação pelo degradante declínio do pluralismo religioso e a ação persecutória
cometida, todos os dias, contra os cristãos, no Médio Oriente.»
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar o voto que acabou de ser lido.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Segue-se o voto n.º 176/XIII (2.ª) — De repúdio pelos bombardeamentos e os crimes contra as populações
na cidade de Alepo, na Síria (BE e Deputados do PSD e do PS).
Peço ao Sr. Secretário Moisés Ferreira que proceda à leitura do voto.
O Sr. Secretário (Moisés Ferreira): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«A cidade síria de Alepo tem sido palco dos piores crimes contra a dignidade e os direitos humanos. O
isolamento da zona oriental da cidade não permite uma avaliação da destruição na sua globalidade e impede o
necessário auxílio às populações. Às vítimas dos bombardeamentos somam-se as execuções sumárias, as
denunciadas situações de tortura, as violações de mulheres e os ataques que impedem o acesso à ajuda
humanitária e destroem escolas e hospitais. As deslocações realizadas sem supervisão de instituições
internacionais fazem temer o pior. O prolongamento da situação vivida em Alepo é, à luz do direito internacional
e do respeito pelos direitos humanos, simplesmente inaceitável.
É incerto o número exato de mortes provocadas pela guerra. Mas é certo que, entre os anúncios de cessar-
fogo e o retomar dos bombardeamentos, este número aumenta de dia para dia. As Nações Unidas há muito