I SÉRIE — NÚMERO 32
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Enquanto referência para a discussão deste tema, Laura Ferreira dos Santos redigiu inúmeros artigos de
opinião e foi autora, entre outros livros, de Ajudas-me a morrer? A morte assistida na cultura ocidental do século
XXI, edição que constituiu uma referência insubstituível na abordagem e estudo da morte assistida, o mais
completo e sistematizado trabalho editado por um autor português sobre a eutanásia e o suicídio medicamente
assistido, Testamento Vital, o que é? Como elaborá-lo?
Defendeu abertamente as suas ideias, exigindo o respeito pela dignidade da pessoa humana, quando
estivessem em causa as convicções íntimas e refletidas sobre a vida e a morte, pretendendo que o Estado
legislasse no sentido de, respeitando a dignidade das pessoas, lhes dar uma última oportunidade.
Conhecida pela sua dedicação, generosidade e humanidade, Laura Ferreira dos Santos contribuiu e
contribuirá, com o seu testemunho e com a sua obra, para importantes discussões em torno do respeito pela
dignidade, autodeterminação e direitos humanos.
É, pois, com profunda tristeza que a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, assinala o seu
falecimento, transmitindo à sua família o mais sentido pesar.»
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos proceder à votação do voto que acabou de ser lido.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Passamos ao voto n.º 183/XIII (2.ª) — De condenação pelo atentado cometido em Berlim (Presidente da AR,
PS e PSD), que vai ser lido pela Sr.ª Secretária Idália Serrão.
A Sr.ª Secretária (Idália Salvador Serrão): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte
teor:
«Na noite da passada segunda-feira, 19 de dezembro, pessoas que se encontravam no mercado de Natal
da Praça Breitscheid, em Berlim, junto à Igreja Memorial Kaiser Wilhelm, foram deliberadamente atropeladas.
Este bárbaro ataque, reivindicado pelo Daesh, fez 12 mortos e 48 feridos, 14 dos quais em estado grave.
As vítimas eram pessoas comuns, gente inocente, que procurava a alegria típica da quadra natalícia que
atravessamos.
Uma vez mais, a Assembleia da República reafirma a necessidade de se encontrarem respostas comuns e
cooperativas que contribuam para travar o fenómeno do terrorismo e as suas causas, afirmando os valores
democráticos e humanistas que distinguem o modelo de sociedade em que queremos viver.
Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, expressa o seu mais sentido pesar às
vítimas, às famílias das vítimas, à Alemanha e ao povo alemão.»
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos proceder à votação.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Passamos ao voto n.º 184/XIII (2.ª) — De condenação pelo assassínio do Embaixador da Federação Russa
junto da Turquia, Andrey Karlov (Presidente da AR, PSD e PS), que vai ser lido pelo Sr. Secretário Duarte
Pacheco.
O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«Na tarde de 19 de dezembro, enquanto participava num evento cultural, o Embaixador da Federação Russa
junto da Turquia, Andrey Karlov, foi brutalmente assassinado.
Além de cruel e cobarde, esta criminosa ação põe em risco a segurança e imunidade do corpo diplomático,
cuja missão é assegurar o diálogo e construir entendimentos entre os Estados — o exato oposto dos objetivos
do terrorismo e dos fanatismos.
Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, expressa o seu mais sentido pesar à
Federação Russa e ao povo russo, bem como aos familiares e amigos do Embaixador Andrey Karlov.»
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos proceder à votação.