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I SÉRIE — NÚMERO 41

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O Sr. Ministro da Saúde: — Sr.ª Deputada, vamos terminar o ano, de acordo com aquilo que fui dizendo

nas diversas intervenções na Comissão de Saúde, com um stock de dívida e prazos médios de pagamento que

estão em linha com aquilo que encontrámos em 2015.

Por outro lado, Sr.ª Deputada, vamos terminar o ano com o melhor saldo de execução orçamental de sempre.

Protestos do CDS-PP.

Sei que a Sr.ª Deputada é uma mulher de fé e leva isto à conta de um milagre, mas aqui não há nenhum

milagre! Há execução e rigor orçamentais e justiça social.

Vou responder-lhe a questão de saber onde é que fui buscar o dinheiro.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Não pagando!

O Sr. Ministro da Saúde: — Não, Sr. Deputado, porque, se a dívida está como estava no ano passado, não

pagamos tanto quanto VV. Ex.as não pagavam. É exatamente igual!

Protestos da Deputada do CDS-PP Isabel Galriça Neto.

O que queria dizer, Sr. Deputada, é que quando vir a conta vai ver o desempenho dos consumíveis, das

aquisições de bens e serviços, vai ver a evolução da despesa dos FSE (fornecimentos e serviços externos) e,

portanto, vai ver que, efetivamente, a execução orçamental equilibrada é aquela de um Governo que consegue

o melhor défice desde há 40 anos para Portugal, que consegue pôr a economia a crescer e o emprego a

aumentar, provavelmente, aquele Governo que, daqui por uns anos, a Sr.ª Deputada vai ter na memória,

deixando cair aquela sua obsessão com a bancarrota e com a gestão prejudicial aos interesses do País.

Protestos do CDS.

Sei que este tipo de resultado incomoda muito os Srs. Deputados!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para uma réplica, tem a palavra a Sr.ª Deputada Isabel Galriça Neto.

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, estava a ouvi-lo e a pensar que os

portugueses que possam estar a seguir este debate — e já o disse há semanas ao Sr. Deputado Moisés Ferreira

—, de facto, ficam com a ideia de que não há problemas e que está tudo fantástico.

Refiro-me aos portugueses que estão em hospitais onde não há consumíveis para garantir determinado tipo

de cuidados, onde não há lençóis, onde os enfermeiros foram levados à exaustão com milhares de horas

extraordinárias que estão para ser repostas,…

Protestos do PCP.

…aliás, os mesmos profissionais, ou alguns deles, pelo menos, que, estando tão contentes com esta

governação, anunciam greves.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Ainda vamos ter o CDS-PP nos piquetes de greve!

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Sr. Ministro, em nome dos portugueses que nos estão a ouvir, e se

não for, de facto, por dever de resposta aos Deputados, terá de clarificar por que é que estes problemas estão

a acontecer.

Volto a dizer que, de facto, relativamente às 35 horas, e com isto termino, insistiremos em que não está tudo

bem, como, aliás, o reconheceu o próprio Bastonário da Ordem dos Médicos, em declarações muito corajosas,