I SÉRIE — NÚMERO 42
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Aplausos do PS.
Mas, sobre as votações nesta Assembleia e sobre as suas motivações e contexto, o PS quer ainda reiterar
que conhecia, compreende e aceita a posição, sobre este tema, dos partidos que apoiam o Governo, embora
dela discorde. Todos sabíamos e sabemos que discordavam da medida que hoje propõem fazer cessar.
Com o Bloco de Esquerda, com o Partido Comunista e com Os Verdes não há razões para equívocos, como
disse. Todos sabemos que partilham com o Governo o objetivo principal — e o objetivo principal, neste caso,
foi, e é, o aumento do salário mínimo nacional.
Aplausos do PS.
Com o Bloco de Esquerda, com o Partido Comunista e com o Partido Ecologista «Os Verdes» partilhamos o
essencial das políticas sociais e económicas desenvolvidas e projetadas, em particular aquelas com expressão
nas medidas e opções das leis de Orçamento do Estado já aprovadas e demais leis estruturantes.
Isso desespera o PSD e o CDS, bem sabemos, mas é com isso que a direita vai ter de continuar a contar ao
longo desta Legislatura.
Aplausos do PS.
A perplexidade e a contradição neste processo não são, pois, geradas por quem faz o que se esperava que
pudesse fazer, como são os casos dos partidos à esquerda do PS que apoiam o Governo.
O que é perturbador para a credibilidade política e dos partidos é quem faz agora o que nunca alguém
pensaria que pudesse fazer, negando o que já fez e o que a sua condição determina que devia fazer, como é o
caso do PSD nesta Assembleia.
Aplausos do PS.
O Governo e o PS, tal como os parceiros sociais, celebraram e apoiaram um acordo com o maior sentido de
responsabilidade. Fizeram-no de forma séria, contando com a seriedade dos outros.
Chamado à seriedade, apenas o PSD faltou à chamada.
Aplausos do PS.
Todos os outros fizeram o que todos sabiam que iam ou deviam fazer. A irresponsabilidade não está nos que
firmaram um acordo. A irresponsabilidade está nos que traíram a sua própria história. A irresponsabilidade está
no PSD!
Aplausos do PS.
Não é o Governo e o PS apenas que estranham esta transformação do PSD num partido que se desrespeita
e que não se faz respeitar.
Protestos do PSD.
A posição do PSD é tão irresponsável que não há parceiro social que a entenda e é objeto de críticas das
mais variadas personalidades, até de alguns Deputados e de personalidades da sua própria área política.
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — É disto que lhe mostro que está a falar?