25 DE JANEIRO DE 2017
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… que os patrões e os trabalhadores, representados na concertação social, foram levados pela orelha, ou
pegados na mão pelo Sr. Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, para assinar um acordo com
o qual não concordavam?
Será que alguém acredita?! Não, Srs. Deputados, ninguém acredita, nem os Deputados do PSD!
Aplausos do PS.
E isso só revela uma coisa: desespero do PSD. Não têm nenhum argumento para justificar aquilo que hoje
se passa.
E quero dizer-vos, sem dramas, que o Partido Socialista está tranquilo.
O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Ainda bem!
Protestos da Deputada do CDS-PP Cecília Meireles.
O Sr. Luís Soares (PS): — Sr.ª Deputada Cecília Meireles, basta ver que estamos a governar há um ano —
repito, a governar há um ano. Não precisa de nos dizer quem governa, estamos a governar há um ano.
E é assim que continuaremos, sem drama, na defesa do País e colocando o interesse do País, dos
trabalhadores e da empresa em primeiro lugar e não os interesses partidários.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputados, como sabem, a tradição é a de que quem propõe o agendamento
do debate profere as últimas intervenções.
Temos já inscritos, para intervenções finais, o Sr. Deputado João Oliveira, do Grupo Parlamentar do PCP, e
o Sr. Deputado Pedro Filipe Soares, do Grupo Parlamentar do BE, mas ainda há tempo para os outros grupos
parlamentares se pronunciarem.
Pausa.
Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Filipe Anacoreta Correia, do Grupo Parlamentar do
CDS-PP.
O Sr. Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Os portugueses
assistem a este debate e ouvem uma voz. Apesar da exaltação de alguns momentos, a voz que mais ouvem é
uma voz em surdina, …
O Sr. Filipe Neto Brandão (PS):— Anda a ouvir vozes!
O Sr. Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP): — … uma voz que representa um risco de banalização e que
tudo incorpora, como se nada de estranho houvesse. Uma voz que está subjacente a muitas intervenções,
nomeadamente do Partido Socialista, do Bloco de Esquerda, do Partido Comunista e do Partido Ecologista «Os
Verdes». Diz essa voz que é banal que este Governo se suporte numa maioria que não o suporta em questões
da maior importância. Sim, é banal, é normal, vermos um Primeiro-Ministro a mentir diante de um órgão de
soberania, no exercício de funções.
Protestos do PS.
Sim, é banal, é normal, vermos um Governo rasgar acordos com a assinatura do Primeiro-Ministro de
Portugal, acordos que rasga porque não consegue cumprir, mas que assinou, quando já sabia que não tinha
condições para os cumprir.