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I SÉRIE — NÚMERO 44

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O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — O senhor está em socorro do Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, é a realidade dos factos regimentais. As conclusões da resposta ou da

não resposta são políticas!

Protestos do PSD.

Sr. Deputado, faça favor.

O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): — Sr. Presidente da Assembleia da República, tenho a certeza de que

o Sr. Primeiro-Ministro não precisa da sua ajuda para mostrar a sua ignorância.

Aplausos do PSD.

Em bom rigor, o Sr. Primeiro-Ministro não responde porque não sabe.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Paulo Trigo Pereira (PS): — Ninguém sabe! O PSD sabe?

O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): — Mas fala com muita facilidade de outras coisas que não sabe, e é por

isso que vive numa fantasia.

Protestos do PS.

Vou dizer-lhe outra vez, Sr. Primeiro-Ministro: este resultado de 2016 é possível porque o senhor fez

exatamente o que disse que não ia fazer. O senhor cortou o investimento público que tinha planeado a um nível

que nenhum governo em 50 anos fez. O senhor é hoje responsável por ter hospitais que não têm dinheiro para

pagar a fornecedores, por ter escolas que não conseguem abrir as portas,…

Aplausos do PSD.

Vozes do PS: — Ah!

O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): — … por ter serviços públicos que estão com uma qualidade de serviço

deteriorada porque fez cativações definitivas, quer dizer, cortes, e não tem, sequer, a coragem de vir ao

Parlamento dizer onde é que os fez. É isso que é uma fantasia, Sr. Primeiro-Ministro!

Protestos do PS.

E, depois, como se irrita com esta forma objetiva de desmascarar, por um lado, a sua fantasia e, por outro

lado, demagogia e populismo, atira-se ao PSD e então vem aqui fazer aquilo que em democracia não se deve

fazer, que é procurar dizer dichotes sobre os adversários, rebaixar o debate, uma coisa que não fica bem a um

Primeiro-Ministro.

O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.

O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): — Vou já concluir, Sr. Presidente.

O Sr. Primeiro-Ministro devia ter estado ontem, aqui, no Parlamento, não a atacar o PSD, mas a exigir aos

partidos que apoiam o seu Governo que honrassem a sua palavra na concertação social.