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28 DE JANEIRO DE 2017

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A Sr.ª CatarinaMartins (BE): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, é um erro permitir que se façam estes

furos e é um erro que podemos pagar caro se houver um acidente, como já aconteceu vezes demais e em sítios

demais do nosso Planeta.

Não queremos, em Portugal, os desastres a que assistimos um pouco por todo o mundo — por exemplo, no

Golfo do México.

Sr. Primeiro-Ministro, digo-lhe mais: concessões que são feitas por diretores-gerais que estão de saída,

processos de consulta pública que, antes de chegarem ao fim, já têm a decisão tomada e empresas que dão

processos por encerrado e que, de repente, encontram forma de os reabrir merecem, pelo menos, que o

Governo olhe muito bem para este caso, porque não temos dúvidas nenhumas de que há ainda possibilidade

de impedir os furos em Aljezur e esse tem de ser o nosso compromisso.

Aplausos do BE.

Desse ponto de vista, Sr. Primeiro-Ministro, e em relação a questões ambientais, há uma outra matéria que

recebeu um amplo consenso nacional e em que o Governo já deu alguns passos mas precisa de dar um outro

passo definitivo.

Foi importante — e o Bloco de Esquerda saúda essa iniciativa — que o Governo tenha enviado para tribunal

a ideia do cemitério nuclear em Almaraz, mas lembro que foi aprovado por unanimidade, na Assembleia da

República, a exigência de encerramento da central nuclear de Almaraz.

Portanto, aguardamos o momento em que o Governo português com o Governo espanhol ponha, na agenda,

o encerramento da central nuclear de Almaraz.

Aplausos do BE e do PAN.

Mas, Sr. Primeiro-Ministro, queria abordar um outro tema muito brevemente, até porque foi notícia nesta

semana e julgo que temos espaço para podermos dar alguns passos comuns. Aliás, o Bloco, como sabe, nunca

desiste da possibilidade de darmos esses passos concretos em nome da vida das pessoas.

O preço da habitação, em Lisboa, aumentou 37% em três anos, como sabe, o arrendamento aumentou 40%,

as pessoas estão a ser expulsas do centro das cidades e não encontram habitação.

Assunção Cristas, quando era ministra, gostou muito de alterar o Regime do Arrendamento Urbano, atacou

até a renda apoiada — veja-se lá — e com isto fez os preços da habitação impossíveis para a generalidade da

população, embora agora, aparentemente, se tenha esquecido disso mesmo.

A Sr.ª AssunçãoCristas (CDS-PP): — Revitalizei o mercado de arrendamento e com muito orgulho!

A Sr.ª CatarinaMartins (BE): — Já fizemos caminho quando revimos a renda apoiada. Por isso, hoje, nos

bairros sociais, há um pouco mais de justiça no cálculo da renda.

O Sr. Presidente: — Já ultrapassou o seu tempo, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª CatarinaMartins (BE): — Termino, Sr. Presidente.

O regime de arrendamento urbano mantém-se o mesmo.

O trabalho conjunto que fizemos — o trabalho que foi feito com o Bloco de Esquerda, o Partido Socialista e

o Governo — aponta para essa prioridade: rever o regime de arrendamento urbano, não só para acabar com o

balcão dos despejos, como também para rever a forma como é calculada a renda das casas. A habitação é um

direito básico das populações.

Sr. Primeiro-Ministro, o desafio que lhe faço é o de que possamos, muito em breve, abrir esse processo.

Aplausos do BE.

A Sr.ª AssunçãoCristas (CDS-PP): — Quer continuar a ver a cidade degradar-se?!