O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 44

24

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, de facto, fico espantada. O

senhor não quer prestar informações a esta Câmara.

A pergunta é muito simples: qual é a dívida pública do nosso País, neste momento?

O Sr. João Galamba (PS): — É o Banco de Portugal que a apura!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Se o senhor não responde é porque, certamente, acha que o tema

é irrelevante. Mas o tema não é irrelevante. Olhe para os juros da dívida, olhe para os seus parceiros que dia

sim, dia não falam da reestruturação da dívida e diga-me se acha que isso é irrelevante do ponto de vista da

perceção do risco do País e, se puder, quanto é a dívida pública de Portugal, neste momento.

O Sr. João Galamba (PS): — É o Banco de Portugal que a apura!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — É 130%? É 133%? É 128%? É quanto?

Aplausos do CDS-PP e de Deputados do PSD.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada, as estatísticas são conhecidas…

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Não são!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … e, portanto, não faça perguntas retóricas, cuja resposta conhece.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

O que não é aceitável é a Sr.ª Deputada dizer que um Governo que se empenhou e que conseguiu reduzir

em 1 ponto percentual a dívida líquida não dá importância ao tema da dívida.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — É uma vergonha!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Aliás, temos dito e repetido que não só damos atenção como agimos em

consequência, reduzindo a dívida e reduzindo o défice, para não continuar a aumentar a dívida,…

O Sr. Filipe Anacoreta Correia(CDS-PP): — Isso é uma falsidade!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … e, mais, tendo uma gestão correta da dívida de forma a assegurar as

necessidades de financiamento e procurando ter o menor custo possível com esse financiamento — é assim

que iremos continuar —, conseguindo aquilo que, infelizmente, outros não conseguiram no passado. E não só

a dívida líquida diminui já como a dívida bruta vai diminuir também.

Quando chegarmos ao final do ano, tenho a certeza de que para o próximo ano a Sr.ª Deputada terá menos

vontade de me questionar sobre a dívida do que aquela que sente, neste momento.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Espero bem que sim!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Não vale a pena insistir no mesmo tema que insistiu ao longo do ano passado,

em que passou o tempo a perguntar-me pelo plano b, pelas medidas adicionais e, depois, chegámos ao fim do

ano e, sem plano b e sem medidas adicionais,…

Protestos do CDS-PP e do PSD.