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28 DE JANEIRO DE 2017

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… temos um melhor défice dos últimos 42 anos e, sobretudo, temos um melhor défice do que aquele que a

Sr.ª Deputada teve no Governo presidido pelo Dr. Pedro Passos Coelho, no qual a Sr.ª Deputada participou.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem, ainda, a palavra a Sr.ª Deputada Assunção Cristas.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, devo dizer que, depois desta

sua resposta, saio deste debate ainda mais preocupada.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Então?!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sabe porquê? Porque vejo um Primeiro-Ministro que nem sequer

tem a coragem de dizer nesta Casa o número — que ainda não é conhecido do público em geral, porque se

fosse eu tinha-o aqui para lhe mostrar — da dívida, no final do ano de 2016.

Ora, isso significa que, para si, o tema da dívida não é relevante e isso mostra muita falta de memória e muita

falta de capacidade crítica. Falta aquilo que, aliás, o senhor nunca foi capaz de fazer, que foi uma revisão e uma

análise crítica do que foi a governação Sócrates, que nos levou à bancarrota. E isso deixa-me muito, mas muito,

preocupada.

Aplausos do CDS-PP e de Deputados do PSD.

Sr. Primeiro-Ministro, deixe-me passar para o tema dos pagamentos em atraso. É porque ouvi — aliás, ouvi

de forma incrédula — o Sr. Primeiro-Ministro dizer que os pagamentos em atraso tinham diminuído. É verdade

que diminuíram. Sabem onde é que diminuíram? Em tudo aquilo que não tinha a ver consigo, ou seja, nas

administrações locais e nas administrações regionais,…

Vozes do CDS-PP: — Exatamente!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — … porque na administração central, naquilo que tem a ver consigo,

os pagamentos em atraso aumentaram em 100 milhões, e esses dados eu consigo apresentar-lhos porque

constavam da execução orçamental, da qual tivemos conhecimento ontem.

E sabe, de entre estes pagamentos em atraso, onde é que está o grande problema, Sr. Primeiro-Ministro?

Vou dizer-lhe, porque, se calhar, não sabe: é na saúde. O Sr. Ministro da Saúde veio a este Parlamento dizer-

nos que ia correr tudo muito bem, ia ficar tudo maravilhoso, mas não está: os pagamentos em atraso

aumentaram 93 milhões em relação ao ano passado. E pior: aumentaram numa altura em que a degradação do

serviço de saúde também é por demais evidente. Portanto, queria perguntar-lhe o que tem a dizer sobre esta

matéria.

Todos os dias há notícias que mostram a degradação do serviço de saúde e continuamos a ter, na saúde,

pagamentos em atraso piores do que os que existiam há 1 ano. O que me diz sobre esta matéria?

Aplausos do CDS-PP e de Deputados do PSD.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para responder, o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada, a sua intervenção é muito simples: o défice baixou

e a senhora não gosta; o saldo primário aumentou e a senhora não gosta; a dívida pública líquida diminuiu e a

senhora não gosta, a senhora está infeliz.

Protestos do CDS-PP.