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I SÉRIE — NÚMERO 44

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E é também o desgosto que dá a todas as empresas, que vão pagar menos de pagamento especial por conta

(PEC) e que o farão graças ao Governo e à maioria que o apoia e não graças a si, porque se assim fosse

continuariam a pagar mais como sempre pagaram enquanto governou.

Aplausos do PS.

O Sr. Deputado vive, de facto, no reino da fantasia…

Risos do PSD.

E é só por isso…

O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, concluirei em igualdade com o tempo do Sr. Deputado Pedro

Passos Coelho.

Protestos do PSD.

O Sr. Presidente: — A Mesa é que determina, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, respeitando o Sr. Presidente, arranjarei oportunidade para

responder ao resto, pelo que lhe digo só o seguinte: a escola que ontem fechou, a escola Alexandre Herculano,

do Porto, era uma das 39 escolas com concurso público aberto, adjudicado à Soares da Costa, cuja obra vocês

anularam e que podia ter sido feita em 2011.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para formular perguntas, tem a palavra a Sr.ª Deputada Catarina Martins, do Grupo

Parlamentar do Bloco de Esquerda.

A Sr.ª CatarinaMartins (BE): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, a substituição da redução da taxa

social única pela redução do pagamento especial por conta é um incentivo à liquidez e ao investimento, em vez

da concorrência pelas piores práticas; é, seguramente, uma aposta no incentivo às empresas, em vez do

incentivo aos baixos salários; e é um consenso real, em vez de um acordo dos patrões consigo próprios.

Por isso, o que fizemos neste Parlamento foi acabar de vez com a ideia peregrina de que o aumento do

salário mínimo deve ser compensado. Essa ideia morreu — paz à sua alma!

Aplausos do BE.

Há uma outra conquista neste processo. Se pensarmos todos, chegamos à conclusão do que já sabíamos:

o Governo encontra, à sua esquerda, disponibilidade e capacidade para negociar as soluções de que o País

precisa.

Deixemos a direita presa no seu labirinto e vamos ao que interessa.

Sr. Primeiro-Ministro, queria falar-lhe precisamente da escola Alexandre Herculano.

Essa escola encerrou ontem porque chove dentro das salas de aula e hoje continua fechada.

No final do ano letivo passado, o Bloco de Esquerda dirigiu-se uma pergunta ao Governo alertando-o para a

situação da escola Alexandre Herculano e o Governo respondeu dizendo que existia um plano de investimento

para a escola de 6 milhões de euros.

Tive oportunidade de visitar essa escola no dia 2 de dezembro e, nessa altura, ainda nada tinha sido feito,

pelo que voltámos a alertar o Governo para a necessidade imperiosa de responder à escola Alexandre

Herculano.