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4 DE FEVEREIRO DE 2017

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O seu indelével espírito de serviço cívico conduziu-o a fundar e dirigir, desde 1994, a Associação Oncológica

do Algarve, constituída por voluntários com experiência pessoal e profissional de problemas associados ao

cancro, a qual desempenha um trabalho notável na luta contra este flagelo, em matéria de prevenção, no auxílio

ao doente oncológico e na sua integração na comunidade. Fê-lo de múltiplas formas, entre as quais se

destacam, pela sua notoriedade e relevo social, a Unidade Móvel para Rastreio do Cancro da Mama — através

de angariação de fundos, como o evento anual Mamamaratona —, o Programa de Saúde XXI e a Unidade de

Radioterapia do Algarve.

Entre várias distinções, foi-lhe atribuída, em 2012, a Medalha de Mérito — Grau Ouro, pelo Ministério da

Saúde.

Homem notabilíssimo, inesgotável na energia que devotava aos combates que abraçava, deixa um legado

humanista e solidário, o qual motiva que se afirme que se perdeu um nobre cidadão e que a Assembleia da

República manifeste o seu pesar e enderece as condolências aos seus familiares, bem como à Associação

Oncológica do Algarve.»

O Sr. Presidente: — Vamos votar o voto de pesar.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Srs. Deputados, passamos ao voto n.º 211/XIII (2.ª) — De pesar pelo falecimento de António dos Santos

Júnior (Presidente da AR, PS, BE e 1 Deputado do PSD).

Peço à Sr.ª Secretária Idália Serrão o favor de o ler.

A Sr.ª Secretária (Idália Salvador Serrão): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte

teor:

«António dos Santos Júnior era natural de Cafuz, concelho de Vila Nova da Barquinha, tendo falecido no

passado dia 27 de janeiro aos 73 anos de idade.

Conhecido sindicalista, foi um dos fundadores da CGTP-Intersindical e o primeiro presidente eleito do

Sindicato dos Metalúrgicos de Lisboa, em 1970, sindicato que integrou o núcleo de fundadores desta

confederação sindical.

Histórico e prestigiado sindicalista, António dos Santos Júnior começou a trabalhar muito cedo, tendo vindo

para Lisboa aos 14 anos de idade.

Seguidamente, trabalhou em vários setores, dos seguros à manutenção da TAP, tendo sido associado do

SITAVA (Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos).

Militante de causas, cedo participou em manifestações então reprimidas pela polícia, expressando

igualmente o seu protesto público contra a guerra colonial, o que o levou a emigrar para o Canadá, tendo

regressado a Portugal a seguir ao 25 de Abril, onde manteve a sua ligação ao sindicalismo e à TAP.

Desenvolveu, igualmente, uma intensa e empenhada militância no MES (Movimento da Esquerda Socialista),

mantendo sempre um percurso cívico de reconhecida expressão humanista e solidária, tendo sido agraciado

como Grande Oficial da Ordem da Liberdade.

Neste momento de reconhecimento e tristeza, a Assembleia da República, reunida em Plenário no dia 3 de

fevereiro de 2017, expressa o seu profundo pesar à família enlutada de António dos Santos Júnior, aos seus

amigos e camaradas, bem como à CGTP-IN e a toda a família sindical.»

O Sr. Presidente: — Vamos votar o voto de pesar.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Srs. Deputados, na sequência dos votos que acabámos de aprovar, vamos guardar 1 minuto de silêncio.

A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.