O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 48

22

O Sr. João Oliveira (PCP): — Já agora…!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — … mas nunca levámos o País à bancarrota e baixámos o défice de

11% para 2,9%. Portanto, quanto a essa matéria, estamos conversados.

Sr. Primeiro-Ministro, sabemos que temos os piores juros desde o tempo da saída da troica, e volto a dizer

que estou preocupada com a sua distração e com a sua ligeireza nesta matéria.

Mas deixe-me fazer-lhe mais uma pergunta, a mesma que lhe fiz há quase 10 meses. Nessa altura, o Sr.

Primeiro-Ministro não respondeu a nada, pelo que volto a perguntar-lhe aquilo que, na altura, perguntei, embora

agora de forma resumida porque já não disponho de muito tempo. Porém, sobretudo agora que já arranjou mais

um Secretário de Estado para o ajudar e para ajudar o Ministro Mário Centeno, porque, de facto, tem estado tão

atrapalhado — e tão atrapalhado está que já se percebeu que mentiu nesta Casa —,…

O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares: — Mentiu?!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — … vale a pena o Sr. Primeiro-Ministro refletir em que medida é que

pode manter a confiança num Ministro que mentiu nesta Casa, agora de forma perfeitamente clara e evidente.

Protestos do PS.

Mas volto à pergunta que lhe fiz há 10 meses, porque tem também a ver com o Sr. Ministro Mário Centeno e

com o seu Ministério.

Agora, que tem mais uma pessoa para ajudar esse seu Ministro que, creio, sai de todos estes episódios da

Caixa Geral de Depósitos muito, mas muito, fragilizado, a minha pergunta é esta: que é feito do banco mau?

No dia 15 de abril, nesta Casa, fiz-lhe várias perguntas sobre essa matéria — como é que estava ser pensado,

com que valor, quanto é que ia ser pago pelos contribuintes, em que moldes é que já estava a ser acordado —

e o senhor não me respondeu a nada. A minha pergunta, hoje, mantém-se.

O Sr. Primeiro-Ministro anuncia sempre que está a ser tratada a questão financeira, que está a ser preparado

um banco mau, mas nós não vemos sinais dele. No entanto, volta a ser muito relevante, porque, ao contrário do

que nos quer fazer parecer nesta Casa…

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Vou terminar, Sr. Presidente.

Ao contrário do que nos quer fazer parecer nesta Casa, na verdade, o senhor ainda não conseguiu resolver

cabalmente nenhum problema do setor financeiro. Nenhum!

Protestos do Deputado do PS João Galamba.

Portanto, diga-me agora como é que vai resolver, ou não, este e como é que um novo Secretário de Estado

vai ajudar um Ministro tão fragilizado.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada, em matéria de ligeireza, talvez a palavra

«mentira» deva ser utilizada com menos ligeireza, porque não há debate onde a senhora não a utilize.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — É objetivo! Não é uma questão de opinião!