I SÉRIE — NÚMERO 55
32
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Terminou o seu tempo, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Paula Santos (PCP): — … a prestação de serviço público às populações.
São propostas que o PCP já anunciou que iria apresentar e que consideramos serem fundamentais para
prestar melhor serviço público, melhorar a qualidade de vida das populações e também contribuir para o
desenvolvimento regional.
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a palavra, para uma intervenção, a Sr.ª Deputada Hortense
Martins.
A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, Sr.ª Ministra, Srs. Membros do Governo: Hoje,
de facto, assistimos a uma interpelação ao Governo, da iniciativa do PSD, sobre a reforma do Estado e acesso
aos serviços públicos que é uma mão cheia de nada. É, aliás, aquilo que não se deve fazer em política e que o
povo não merece.
Mas, como já vos conhece, o povo já sabe que Governo de intendência, Governo que andava para trás,
Governo que não tinha caminho estrutural era o Governo PSD/CDS-PP.
Vozes do PSD: — E agora é o quê!?
A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Agora temos uma oposição constituída por um PSD ressabiado, que não
aceita a democracia.
Aplausos do PS.
Ainda nos lembramos muito bem, Sr.as e Srs. Deputados, dos resultados daquela política de um Governo
que aumentou a pobreza dos idosos e das crianças, diminuiu o PIB, escondeu os problemas da banca debaixo
do tapete, aumentou os impostos, aumentou o desemprego dos jovens e dos menos jovens, que foram obrigados
a emigrar, fez um ataque ao Serviço Nacional de Saúde, um ataque às funções do Estado, e que não tem
resultados, a não ser estes, para apresentar.
O Governo do Partido Socialista, com o apoio parlamentar, tem o contrário: tem apresentado resultados a
favor dos portugueses, tem aumentado os rendimentos das famílias, tem melhorado a economia, e isso vê-se
nos índices de confiança que são reconhecidos nacional e internacionalmente.
E, Sr.as e Srs. Deputados, por parte do PSD também nada foi dito no que diz respeito à modernização do
Estado. Ora, reformar o Estado é, para o PS, algo de muito sério. A reforma do Estado, aliás, tem as
componentes já aqui definidas, como a descentralização, mas também as componentes relativas à simplificação
e à modernização administrativa, algo de SIMPLEX, que foi instituído num Governo anterior do Partido Socialista
e que foi agora retomado.
De facto, no passado recente, as reformas não passaram de meras palavras do PSD. Pelo contrário, o
Governo atual tem medidas concretas, ações e vontade reformadora.
Não basta assinarem protocolos, Sr.as e Srs. Deputados.
Vozes do PS: — Exatamente!
A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Não basta assinarem protocolos com as juntas de freguesia e com as
autarquias, enganando os portugueses, não deixando o financiamento para proceder a essas alterações e
mantendo as Lojas do Cidadão e respetivas medidas de proximidade. O SIMPLEX tem feito uma enorme
diferença e a taxa de execução, que se revê nas medidas, é já muito considerável.
Termino, por isso, chamando novamente a atenção para a necessidade de encontrar, no Parlamento — e
esperamos, apesar de tudo, uma atitude mais responsável por parte do PSD—, o caminho que temos de
prosseguir a favor dos portugueses, com um plano de coesão territorial e social.