I SÉRIE — NÚMERO 58
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no âmbito desse processo que está a decorrer, tendo consciência de que é importante que estes setores,
designadamente o da juventude e outros que aqui são propostos, tenham uma palavra a dizer relativamente às
políticas que vão sendo prosseguidas.
O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para uma segunda intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado
Paulo Pisco.
O Sr. PauloPisco (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Para o Partido Socialista, é absolutamente
fundamental que se possa fazer a inclusão dos representantes das nossas comunidades no Conselho
Económico e Social.
Aliás, durante a anterior Legislatura chegámos a um absoluto consenso relativamente a todo o processo de
audição que houve para se saber quem deveriam ser os representantes ou como deveria ser a reformulação da
composição do Conselho Económico e Social.
Na realidade, existem muitas matérias que dizem também respeito às nossas comunidades mas para as
quais elas nunca foram chamadas a dar a sua opinião e, em muitas matérias, designadamente em termos
económicos e sociais, elas têm um olhar fundamental e de muita proximidade relativamente aos assuntos que
lhes dizem respeito.
Portanto, para nós, trata-se de promover uma matéria que vai não só fazer com que haja efetivamente uma
maior coesão nacional como vai tornar mais forte, mais representativo e mais eficaz o nosso País, como o meu
colega disse, através da inclusão dos membros das nossas comunidades no Conselho Económico e Social.
É absolutamente fundamental que se faça esta inclusão e que seja feita agora, porque na anterior Legislatura
houve todo um processo de audições e não foi por nós que esse processo não ficou concluído. Portanto,
congratulamo-nos com o facto de ele poder ser concluído agora e de os representantes das nossas comunidades
serem integrados.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para uma segunda intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado
Luís Monteiro.
O Sr. LuísMonteiro (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O Bloco de Esquerda acompanha, na
generalidade, as preocupações, as reflexões e as propostas que aqui são trazidas, nomeadamente no que toca
à questão da juventude, sobre a inclusão do Conselho Nacional de Juventude no Conselho Económico e Social.
As alterações na economia e no mercado de trabalho e a crise que os jovens vivem hoje devido à dificuldade
em encontrar um trabalho e à dificuldade de o próprio mercado de trabalho se ajustar às novas realidades da
formação superior são questões fundamentais, e os jovens estão preocupados com elas.
Acresce a essa crise social, também, uma crise política devido à dificuldade de os sucessivos governos
nacionais, nas plataformas de discussão política, sejam elas europeias ou até além do continente europeu,
encontrarem formulações e soluções para que os próprios jovens descubram na política, nos políticos e nesses
espaços de decisão o que procuram, que é, com certeza, viver melhor do que a geração dos seus pais, e não o
contrário.
É justamente por isso que a inclusão no Conselho Nacional de Juventude traz, em primeiro lugar, a
capacidade de aproximar uma visão da juventude sobre os problemas que lhe tocam e sobre os problemas do
País. Ao mesmo tempo, o Conselho Económico e Social deve ter a capacidade de ouvir com maior proximidade,
mas sem nenhum tipo de «partidarite» e de paternalismo, as discussões que hoje os jovens querem fazer na
sociedade portuguesa e as soluções que querem encontrar.
Da parte do Bloco de Esquerda, acompanhamos as preocupações e as reflexões e é importante que, hoje,
o Conselho Económico e Social tenha uma maior abrangência e abertura para uma discussão que é fundamental
e que passa pelo futuro da nossa juventude.
Aplausos do BE.