I SÉRIE — NÚMERO 68
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o problema destes docentes e a sua anuência relativamente à transição para a carreira de docentes em tempo
integral ou em dedicação exclusiva.
Contudo, permanecem várias centenas de docentes nesta situação, que não terminaram os seus
doutoramentos e que também não tiveram o apoio devido das suas instituições para que o pudessem terminar.
É evidente que, no caso dos politécnicos, e ao contrário do que diz o Sr. Deputado Porfírio Silva, o fim do
financiamento do programa Protec foi decidido por José Sócrates e pelo então secretário de Estado Manuel
Heitor, impedindo o apoio a docentes do ensino superior politécnico e constituindo um forte obstáculo ao
cumprimento de todos os prazos.
O PSD tem contribuído, desde o início, de forma construtiva, nesta matéria. Foi com o PSD, com a Lei n.º
8/2010, de 13 de maio, que esse prazo passou de cinco para seis anos, no caso dos assistentes e dos
assistentes estagiários. O PSD apresentou uma iniciativa no passado dia 11 de junho de 2015, revelando
também a sua preocupação com o tema. O PSD ouviu os sindicatos e os professores em diferentes momentos
e situações sobre esta matéria e quer ver a situação destas pessoas resolvida. Estivemos sempre do lado da
solução!
É muito importante que o Governo e as suas queridas esquerdas também tenham consciência de que
estamos a falar de docentes que precisam de ver ultrapassada uma injustiça e que façam aqui um debate sério.
Mas também é importante que se tenha consciência de que todos os exageros nesta matéria constituirão uma
injustiça para quem cumpriu todos os prazos.
Ora, o PSD está disponível para, em sede de especialidade, analisar todas as propostas e estar do lado da
solução, resolvendo precisamente este problema destes docentes para que eles possam, finalmente, ingressar
na carreira e terminar o regime transitório.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para uma segunda e, necessariamente, curta intervenção, tem a palavra
o Sr. Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
O Sr. Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior: — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: É
claro o impacto que este Decreto-Lei teve e o qual resultou de uma concertação e de um consenso considerável
entre instituições, os sindicatos e de conversas em detalhe com muitos investigadores e docentes.
Se há algo a clarificar é apenas em termos daqueles que transitam de tempo parcial para tempo integral e,
naturalmente, a sua possibilidade de aceder à dedicação exclusiva.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem a palavra, para uma intervenção, a Sr. Deputada Ana Virgínia, do
PCP.
A Sr.ª Ana Virgínia Pereira (PCP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Valeu a pena o PCP ter trazido
a debate estas propostas porque se abriram portas para terminar com este ciclo de precariedade.
Valeu também a pena a luta dos docentes, que nunca desistiram de procurar terminar com as injustiças a
que foram sendo sujeitos ao longo dos tempos.
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Monteiro, do
Bloco de Esquerda.
O Sr. Luís Monteiro (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Algumas notas finais antes da discussão
em comissão.
Sr.ª Deputada Ana Rita Bessa, a liberdade de os politécnicos contratarem os perfis que bem entenderem
está salvaguardada.