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I SÉRIE — NÚMERO 72

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O Sr. Presidente: — Tem a palavra, em nome do Governo — que também entrou neste milagre da

multiplicação —, o Sr. Ministro das Finanças, Mário Centeno.

O Sr. Ministro das Finanças: — Sr. Presidente, espero que o «milagre» apenas se aplique às intervenções.

Sr. Presidente, Srs. Deputados: De facto, não vivemos no país das maravilhas, mas vivemos no mesmo País

em que vivíamos quando nos contaram a fábula da saída limpa…

Aplausos do PS.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Bem lembrado!

O Sr. Ministro das Finanças: — … e quando, em nome da República, assumiram três compromissos que

deixaram por cumprir e que punham em risco, cada um deles, individualmente, a estabilidade do sistema

financeiro.

Refiro-me, nomeadamente, aos compromissos face ao BANIF (Banco Internacional do Funchal) e aos oito

planos de reestruturação não aprovados,…

O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Sabe que isso não é verdade! O Sr. Ministro sabe que não está a

falar verdade!

O Sr. Ministro das Finanças: — … refiro-me também à venda falhada do Novo Banco, na sequência da sua

resolução, e a todos os compromissos assinados em nome da República em agosto de 2014 e refiro-me, com

certeza, ao plano de reestruturação e de negócios, não cumprido, da Caixa Geral de Depósitos.

Refiro-me também ao País que, em 2016, teve de enfrentar um processo de sanções por avaliação das

contas públicas portuguesas de 2013 a 2015…

Protestos do PSD.

O Sr. Presidente: — Peço-lhe para concluir, Sr. Ministro.

O Sr. Ministro das Finanças: — … e que enfrentou a suspensão dos fundos comunitários, na sequência

desse processo.

O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Que falta de vergonha!

O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Ministro.

O Sr. Ministro das Finanças: — Vou concluir, Sr. Presidente.

É esse País que dirigimos e foi desse País que o Governo de Portugal, desde novembro de 2015, fez um

País melhor, que cresce mais, com mais emprego e com mais rendimento.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para encerrar o debate, tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana Mortágua, do Grupo

Parlamentar do Bloco de Esquerda.

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Esta solução — ou esta não-solução —

foi pensada pelo PSD e pelo CDS quando estavam no Governo. Este negócio foi montado por Sérgio Monteiro,

que era secretário de Estado do Governo PSD/CDS, nomeado para o Banco de Portugal para planear a venda,

e por Carlos Costa, que, aliás, ajudou o Governo PSD/CDS a pensar todo este processo e que foi reconduzido

à frente do Banco de Portugal pelo Governo PSD/CDS.