6 DE ABRIL DE 2017
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Por último, deu entrada na Mesa a apreciação parlamentar n.º 34/XIII (2.ª) — Relativa ao Decreto-Lei n.º
25/2017, de 3 de março, que estabelece as normas de execução do Orçamento do Estado para 2017 (CDS-
PP).
Em termos de expediente é tudo, Sr. Presidente.
Entretanto, assumiu a presidência o Vice-Presidente José Manuel Pureza.
O Sr. Presidente: — Muito obrigado, Sr. Secretário Pedro Alves, por esta maratona de leitura. Tem direito a
que este seu esforço seja compensado.
Sr.as e Srs. Deputados, antes de passarmos às declarações políticas, a Mesa deseja assinalar que se
encontra na tribuna do corpo diplomático uma delegação do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-França,
para quem peço uma saudação.
Aplausos gerais, de pé.
Vamos, então, dar continuidade aos nossos trabalhos.
Antes de dar a palavra ao Sr. Deputado Telmo Correia, agradecia que se criassem as condições sonoras
para que todos possamos trabalhar devidamente.
Pausa.
Para uma declaração política, em nome do Grupo Parlamentar do CDS-PP, tem a palavra o Sr. Deputado
Telmo Correia.
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Menos de 15 dias depois do
terrível atentado que ocorreu junto do Parlamento britânico, em Westminster, o terrorismo jihadista voltou a
atacar na Europa, desta vez em São Petersburgo, naquela que é, talvez, a histórica capital mais europeia da
Rússia, por assim dizer.
Foram mais 14 mortos, mais 50 feridos, mais um ataque, uma vez mais, cruel, cobarde e insano, como são
todos os ataques terroristas.
Convém lembrar — e, eventualmente, até na presença de amigos que aqui temos hoje connosco e que o Sr.
Presidente acabou de saudar — cidades como Paris, Nice, Bruxelas, Istambul, Munique, Normandia, Telavive
ou Jacarta foram, só nos últimos meses, vítimas de ataques terroristas.
Esta é, hoje em dia, a principal forma de barbárie e é, seguramente, o maior inimigo da nossa forma de vida,
da nossa civilização e da forma como nós queremos viver, em democracia e em liberdade.
Aplausos do CDS-PP.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, seguramente que na próxima sexta-feira votaremos mais um voto de
pesar, o que faremos bem. Só que, para além disso, penso que temos uma obrigação, que é a de refletirmos
todos sobre o que é possível fazer para garantirmos, como é nossa obrigação, aos nossos concidadãos as
melhores condições de segurança para que possam continuar a viver em liberdade.
O Sr. Filipe Lobo d’Ávila (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Ora, isso implica várias reflexões, reflexões essas que não quero trazer
como decisivas para o debate de hoje.
Por exemplo, até do ponto de vista das alianças, quando um ataque deste tipo ocorre — como já ocorreu em
Moscovo — em São Petersburgo, teremos de pensar onde está o nosso principal inimigo, quando tantas vezes
o confronto é feito da Rússia para a União Europeia e da União Europeia para a própria Rússia. O diálogo
internacional tem de perceber que há um inimigo maior e que esse inimigo é o jihadismo e é o terrorismo islâmico.