8 DE ABRIL DE 2017
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Assim, a Assembleia da República, reunida em Plenário, a 7 de abril de 2017, congratula-se com o
lançamento do Plano Nacional da Leitura 2027 e reafirma o seu compromisso com as políticas públicas de
valorização do saber e da cultura».
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Srs. Deputados, vamos entrar no primeiro grupo de votos para os quais foi solicitado debate. Cada grupo
parlamentar poderá utilizar o tempo que quiser, sabendo que, no conjunto dos três temas abordados pelos votos
— Síria, Venezuela e País Basco —, não poderá ultrapassar os 4 minutos.
O primeiro grupo é composto pelos votos n.os 267/XIII (2.ª) — De condenação pelo ataque com armas
químicas na Síria (PSD e PS) e 273/XIII (2.ª) — De condenação pelo prosseguimento da agressão contra o povo
da Síria e a das operações de desestabilização, visando sabotar as negociações de paz (PCP e Deputado do
PS Luís Graça).
Tem a palavra o Sr. Deputado João Oliveira.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Esperamos que nenhum grupo
parlamentar deixe de condenar a decisão da Administração norte-americana de Donald Trump em atacar a
República Árabe Síria, decisão que encerra o perigo de uma maior escalada militar, elevando a um outro nível
a agressão que tem vindo a ser dirigida contra aquele Estado soberano desde há seis anos.
Depois de ter organizado, armado, financiado e apoiado os grupos terroristas que levaram a guerra civil à
Síria, a Administração norte-americana decidiu mostrar, mais uma vez, que pretende impor o seu domínio
mundial pela força das armas e com a ameaça da guerra.
Repete-se agora com a Síria o que vimos acontecer com o Iraque e a Líbia, utilizando idênticos pretextos e
campanhas de desinformação.
Repetem-se acusações não comprovadas quanto à utilização de armas químicas, sem sequer permitir a
investigação idónea e imparcial que o próprio Governo sírio requereu, fazendo lembrar a invocação das armas
de destruição massiva aquando da agressão ao Iraque.
O Sr. António Filipe (PCP): — Exatamente!
O Sr. João Oliveira (PCP): — Repete-se o desrespeito pela ONU, pela sua Carta, pelos seus princípios e
regras de funcionamento.
Repete-se a violação do direito internacional com o bombardeamento de um Estado soberano, a ameaça de
destruição do país e o desrespeito pelos mais fundamentais direitos do povo sírio.
Este bombardeamento à Síria deixa mais claro a quem serve e quem está por trás do uso de armas químicas
e da sua utilização, como pretexto para a escalada da guerra, factos que condenamos sem qualquer hesitação.
É dever da Assembleia da República rejeitar a propaganda de guerra, condenar a guerra de agressão à Síria
e ao seu povo, condenar o uso de armas químicas e a provocação e mentira sobre o seu uso, apelar à paz e ao
respeito pelos direitos do povo sírio à soberania, independência e integridade territorial, exigindo, sim, o
apuramento de responsabilidades pelos crimes cometidos e violações dos direitos humanos ocorridos no âmbito
da agressão perpetrada contra aquele país.
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Sérgio Azevedo.
O Sr. Sérgio Azevedo (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O ataque a norte da Síria com
recurso a armas químicas é um dos episódios mais graves deste longo conflito. Revela uma cobardia sem rosto,
definida numa insistente morte de homens, mulheres e crianças.