8 DE ABRIL DE 2017
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Eram 13 horas e 26 minutos.
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Declarações de voto enviadas à Mesa para publicação
Relativa ao voto n.º 271/XIII (2.ª):
No passado dia 7 de abril, a Assembleia da República sufragou por unanimidade, em sessão plenária, o voto
de pesar apresentado pelo Grupo Parlamentar do PAN pela morte de Gilbert Baker.
O CDS reconhece que a perda de uma vida humana é sempre um momento de consternação e tristeza,
sobretudo para os familiares e amigos. Contudo, entendemos excessivo a Assembleia da República prestar a
sua homenagem a uma personalidade, que, independentemente dos méritos que possa ter tido em vida, era
amplamente desconhecida do povo português.
E, nesse sentido, apesar de o CDS ter votado favoravelmente o texto do PAN, expressa o seu desagrado
pela forma como esta figura regimental tem sido vulgarizada.
O Grupo Parlamentar do CDS-PP.
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Relativa ao voto n.º 273/XIII (2.ª):
Embora tenhamos acompanhado o sentido de voto do Grupo Parlamentar do PS, partilhamos as
preocupações com o respeito pelo Direito Internacional e o apoio aos esforços para a paz na Síria, expressos
no voto apresentado pelo Grupo Parlamentar do PCP.
Os Deputado do PS, Bacelar de Vasconcelos — Diogo Leão.
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Relativa ao voto 269/XIII (2.ª):
«A República Bolivariana da Venezuela tem vindo a ser vítima de recorrentes ações de ingerência e
desestabilização, incluindo campanhas de desinformação e manipulação da opinião pública, que visam colocar
em causa o processo democrático e progressista, de afirmação soberana e de cooperação, que tem vindo a ser
protagonizado por este país latino-americano».
Basta este primeiro parágrafo para evidenciar o propósito deste voto. Branquear as inaceitáveis violações da
ordem constitucional vigente, o desrespeito pelos direitos, liberdades e garantias do povo venezuelano, em
suma, os abusos recorrentemente infligidos pelo regime de Nicolas Maduro a uma população indefesa e a uma
oposição que se pretende calar a todo o custo. Aliás, se o dito parágrafo não fosse suficientemente revelador
bastaria atentar que, ao longo de todo o texto, não é feita a mais leve crítica ao governo em funções.
Formalmente apenas os deliberandos são sujeitos a votação. No entanto, na minha opinião, qualquer
contextualização apresentada consubstancia sempre a posição política que se pretende defender.
Assim, não posso nem devo esquecê-lo. Foi baseada numa posição ideológica e de princípio, que sempre
assumirei a favor da liberdade e dos direitos humanos, independentemente das minhas convicções políticas,
que votei contra o voto 269/XIII (2.ª).
A Deputada do PS, Wanda Guimarães.