13 DE ABRIL DE 2017
27
A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Teve de cativar na educação, na saúde, nos transportes…
A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Esta direita continua, em 2016, sem capacidade para compreender, mas
o País cada vez mais percebe e apoia, que seja possível definir como prioridade o apoio às jovens famílias com
filhos, com o duplo objetivo de apoiar a natalidade e reduzir a pobreza,…
Vozes do CDS-PP: — Ah!…
A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — … através do reforço do abono de família para as crianças até 3 anos,…
O Sr. João Paulo Correia (PS): — Bem lembrado!
A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — … repondo o 4.º escalão do abono de família e, ao mesmo tempo,
prosseguir na trajetória de consolidação das contas públicas e da sustentabilidade da segurança social.
Ficam ainda sem compreender e saber o que dizer, o PSD e o CDS, quando este Governo e a maioria provam
que é possível apoiar os mais jovens com a gratuitidade dos manuais escolares ou com os apoios ao emprego
e, ao mesmo tempo, apoiar os mais velhos com o aumento extraordinário das pensões, mas também com a
revisão do regime das pensões antecipadas, num quadro de reforço das condições para um crescimento
económico mais sustentado não só em 2017 mas também no futuro.
Sr. Primeiro-Ministro, imagine que o PSD e o CDS ficam mesmo completamente perdidos quando percebem
que, em dezembro de 2015, 31% dos portugueses consideravam que este Governo duraria toda a Legislatura
e que só 61% é que não e que, hoje, 83,2% destes mesmos portugueses consideram que este Governo vai
mesmo durar quatro anos e que apenas 13,8% é que entendem que não vai.
É por tudo isto, Sr. Primeiro-Ministro e Sr.as e Srs. Deputados, é porque o País e a vida das pessoas
melhoram, porque recuperam dignidade e, ao mesmo tempo, porque a credibilidade de Portugal na União
Europeia sai reforçada, é porque Portugal está na União Europeia de cabeça erguida, recusando a subserviência
e procurando alianças, desde logo, com os países do sul, que o PSD e o CDS não poderiam continuar a ser
governo e esta maioria parlamentar tinha de ter o sentido de responsabilidade de se constituir alternativa de
governo, como fez e faz todos os dias.
Aplausos do PS.
O que o PSD e o CDS não dizem neste debate, mas que estava bem claro no seu programa eleitoral, é que,
se fossem governo, hoje estariam a executar exatamente as mesmas políticas que executaram nos últimos
quatro anos.
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Não tenha dúvidas!
A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Por isso, hoje, por exemplo, não estaríamos a discutir a revisão do regime
das reformas antecipadas.
Aplausos do PS.
Esta revisão não é apenas necessária por uma questão de justiça, é também necessária porque as alterações
introduzidas no regime no anterior Governo iriam condenar estas pessoas, estes trabalhadores que não tiveram
infância, a uma pensão e a uma vida de pobreza que não poderíamos deixar que acontecesse.
Aplausos do PS.
Hoje, a dificuldade da direita, na Assembleia e no País, é que podemos não apenas comparar as alternativas,
ou seja, o que defendemos e o que o PSD e o CDS defendem, mas podemos, acima de tudo, comparar
resultados. Esses resultados explicam por que é que o PSD e o CDS não podiam continuar a ser governo e dão-