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I SÉRIE — NÚMERO 75

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Presidente da República têm colocado Portugal na linha da frente das mudanças que terão de ter lugar na União

Europeia.

O projeto de uma Europa de paz, liberdade, tolerante e solidária é o mais importante projeto posto em marcha

no mundo no último século. Não pode ser deixado morrer, muito menos às mãos de um sistema financeiro

internacional, selvagem, sem rosto, desregulado, dominado por abutres.

Aplausos do PS.

A necessidade de mudanças na União Europeia e nas suas instituições, controladas por eurocratas,

regiamente pagos, desligados dos problemas reais das pessoas, é imperiosa.

Nesse plano, considero que o nosso Governo e o nosso Primeiro-Ministro têm desempenhado um papel

importante, que seria injusto não reconhecer. Atrevo-me a dizer, mesmo, que o mundo de perigos e incertezas

em que estamos a viver hoje precisa do contributo tão especial da maneira de ser dos portugueses que o nosso

Governo PS, de António Costa, apoiado pela esquerda, tão firme e tranquilamente tem protagonizado.

As incertezas resultantes das últimas eleições americanas, do Brexit, dos conflitos internacionais em curso,

nomeadamente no Médio Oriente, e do que pode vir a passar-se em eleições nacionais na Europa exigem-no,

cada vez mais.

A capacidade de diálogo e de encontrar novas soluções para velhos problemas. O trabalho notável,

destacado internacionalmente pela positiva, das missões de paz das nossas Forças Armadas e de segurança,

em vários continentes, e a postura profissional, discreta e eficaz, dos nossos serviços de inteligência são, entre

outros, bons exemplos dessa marca de qualidade e excelência de Portugal, em que o nosso Governo, o Governo

PS, de António Costa, com o apoio da esquerda, tem estado empenhado.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, já ultrapassou o tempo de que dispunha. Faça favor de concluir.

O Sr. João Soares (PS): — Portugal e a Europa precisam que continue. Continue, Sr. Primeiro-Ministro!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro António Costa.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado João Soares, muito obrigado pelo alento que nos

dá em continuarmos o trabalho que começámos consigo. E com a inteira verdade histórica de ser o Sr. Deputado

um crente, antes dos crentes, sobre a bondade desta solução governativa.

De facto, esta é uma solução que tem provado assegurar estabilidade política, que tem cumprido aqueles

que são os compromissos internacionais, os compromissos que o Programa Eleitoral do PS continha, os

compromissos que foram assumidos com o Partido Ecologista «Os Verdes», com o PCP e com o Bloco de

Esquerda, num contexto que é, efetivamente, muito duro e difícil. Mas temos de o prosseguir, porque, de facto,

o mundo precisa de Portugal, porque Portugal tem uma capacidade única, cimentada ao longo de séculos, na

construção de pontes, que é o mais necessário neste tempo, em que a moda é erguer muros. E os muros que

também se derrubaram nesta Assembleia da República demonstram bem que aquilo que é essencial para

reforçar a confiança dos cidadãos nas instituições democráticas, para travar as derivas populistas, é os cidadãos

saberem, perceberem e poderem confiar que, por mais difíceis que sejam os problemas, há sempre uma

alternativa à única solução que nos querem apresentar.

Aplausos do PS.

Essa é uma conquista imensa, que valoriza a democracia, porque a democracia é feita de escolhas e, hoje,

os cidadãos sabem que têm mais escolhas ao seu dispor do que as escolhas que, durante anos, lhes disseram

serem possíveis como solução governativa.