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11 DE MAIO DE 2017

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Aliás, temos dados que sinalizam que este movimento vai continuando, porque aquilo que verificamos é que

o aumento das importações, hoje em dia, não está a verificar-se, sobretudo, em bens de consumo imediato mas,

sim, em máquinas e equipamentos que as empresas estão a importar para investir, de forma a aumentarem a

sua capacidade produtiva e a fazerem crescer a nossa economia.

A seguir, passaram ao tema da dívida, mas deixámos de ouvir falar do tema da dívida. É bom sinal e é

desejável que não ouçamos a direita falar, novamente, do tema da dívida,…

O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Muito bem!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … porque aquilo que sabemos sobre a direita e a dívida é que esta aumentou

40 pontos percentuais durante os quatro anos em que a direita foi Governo.

Aplausos do PS.

A questão de fundo, que tanto perturba e irrita as bancadas da direita, é que, efetivamente, entre o modelo

de desenvolvimento que tinham e o modelo de desenvolvimento alternativo que apresentámos, ficou

demonstrado que o da direita não funcionava e o nosso produz bons resultados do ponto de vista económico…

O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): — Vocês levaram o País à bancarrota!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … e também do ponto de vista orçamental.

Aplausos do PS.

De facto, a ideia que tinham era a de que, para sermos competitivos, tínhamos de empobrecer, destruir

direitos e encerrar serviços públicos.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Agora não encerram nada?!…

O Sr. Primeiro-Ministro: — Aquilo que dissemos foi que, para voltarmos a ser competitivos, tínhamos de

investir na inovação e, para investir na inovação, era preciso apoiar e incentivar as empresas a poderem investir,

mas era essencial investir na qualificação, porque sem recursos humanos qualificados não podemos ter

inovação. E para termos recursos humanos qualificados é necessário investir no sistema de educação, é

necessário investir no sistema de formação ao longo da vida e é também essencial investir na qualidade do

mercado de trabalho, porque só emprego de qualidade permite recursos humanos de qualidade.

Enquanto outros recomendavam aos jovens que emigrassem, a prioridade que temos de ter é a de atrair

postos de trabalho de qualidade, que fixem, formem e atraiam mais empregos de qualidade.

Aplausos do PS.

O Sr. Deputado Carlos César sinalizou bem os desafios que a economia digital nos apresenta, mas temos

uma realidade: sabemos hoje que para servir plenamente as necessidades das empresas, em matéria de

transição para a economia digital, há neste momento 40 000 postos de trabalho com necessidades por

satisfazer. Ora, isto demonstra bem o desajustamento que existe entre quase 500 000 desempregados e 40 000

postos de trabalho que importa preencher.

O que é que isso indica? Indica que temos de fazer um esforço muito grande nas qualificações digitais dos

nossos recursos humanos.

Assim, no âmbito do programa que lançámos para as competências digitais, queremos combater a iliteracia

digital de 50 000 cidadãos até 2020 e queremos dotar com competências em matéria de programação cerca de

18 000 licenciados em áreas de baixa empregabilidade, porque temos, efetivamente, de aumentar essas

capacidades, para poder dotar e satisfazer as necessidades que existem no mercado de trabalho.