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I SÉRIE — NÚMERO 86

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Vozes do PS: — Ah!…

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — O Sr. Primeiro-Ministro aludiu também à correspondência que estes

números podem ter com uma realidade laboral que aponte para salários mais altos. Creio que é também um

desígnio e um objetivo que o País não deve esquecer. Mas, a esse propósito, Sr. Primeiro-Ministro, não deve

olvidar que em 2014 havia pouco mais de 400 000 portugueses a ganhar o salário mínimo nacional e que, a

partir de 2014, e, sobretudo, em 2016 e 2017, o número de portugueses a ganhar o salário mínimo nacional

aumentou e muito e hoje ultrapassa já 1 milhão de trabalhadores em Portugal.

Protestos do PS.

Donde, as palavras do Sr. Primeiro-Ministro são, de facto, bonitas, mas não têm correspondência com o que

é a vida real do País e dos portugueses.

Aplausos do PSD.

Protestos do PS.

Sr. Primeiro-Ministro, se os números são bons, se há capacidade de a economia criar emprego e de fazer

baixar o desemprego, também há que tentar perceber por que é que isso acontece.

O Sr. João Oliveira (PCP): — É uma novidade!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — E aqueles que, em 2012 e 2013, anteviam que as reformas feitas no

mercado laboral iriam trazer mais desemprego e mais sofrimento à vida das pessoas,…

O Sr. João Oliveira (PCP): — E trouxeram!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … hoje devem corar de vergonha.

Aplausos do PSD.

Vozes do PS: — Ah!…

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Devem corar de vergonha, porque o País está a ver retribuído o esforço

dessas reformas, e sobre isso, Sr. Primeiro-Ministro, creio que é preciso retirar uma lição:…

O Sr. João Oliveira (PCP): — A interrupção dessas malfeitorias!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … as reformas estruturais, as reformas estratégicas produzem resultados

e não devem ser abandonadas. E esperemos que os gritos que vêm daquelas bancadas não sejam tais que

influenciem o Governo e o Sr. Primeiro-Ministro para adulterar a evolução que o mercado de trabalho sofreu

precisamente em virtude das reformas laborais de 2012 e 2013.

O Sr. João Oliveira (PCP): — O senhor tem de virar o binóculo ao contrário!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Por falar em reformas, Sr. Primeiro-Ministro, o Governo e a geringonça

trouxeram à ordem do dia um tema que reputamos de muito relevante: a sustentabilidade da segurança social.

O Sr. Primeiro-Ministro sabe que neste domínio o debate exige a máxima seriedade e o máximo respeito

pelas pessoas, pelos atuais e pelos futuros pensionistas. O Sr. Primeiro-Ministro não tem tratado bem este tema,

tem-no tratado, umas vezes com desdém, outras vezes com inusitada demagogia e, outras vezes mesmo, com

eleitoralismo.