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I SÉRIE — NÚMERO 86

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Aplausos do PS.

E iremos continuar a aumentá-lo até aos 600 €, como consta do Programa do Governo, por muito que isso

lhe custe, porque já no ano passado o Sr. Deputado achava excessivo o aumento que fizemos. Portanto, não

nos acompanhará no combate para elevarmos o salário mínimo nacional até aos 600 €, mas nós levaremos

esse combate até ao fim, porque é necessário erradicar a pobreza e diminuir as desigualdades, e o salário tem

de ser um salário digno.

Quanto ao sistema de saúde, era impossível que as pessoas não estivessem descontentes depois de tudo

o que aconteceu no sistema de saúde em quatro anos.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — É agora, é agora!

O Sr. Primeiro-Ministro: — E nem eu, que, como sabe, sou um grande otimista, acredito que tivesse sido

possível repor num ano aquilo que foi retirado em quatro anos.

Aplausos do PS.

Agora, o que estamos a fazer aqui é, sim, uma reversão. Estamos a reverter o aumento das taxas

moderadoras. Estamos a reverter o desinvestimento em pessoal e, no ano passado, fizemos uma contratação

para o Serviço Nacional de Saúde de 4000 pessoas, entre médicos, enfermeiros e técnicos de diagnóstico. Foi

a maior contratação de médicos alguma vez feita. Abrimos novas unidades de saúde familiar e aumentámos o

número de camas de cuidados continuados.

Aplausos do PS.

Gostávamos de ter feito mais? Sim! Os cidadãos têm direito a mais? Sim! Os profissionais lutam por mais?

Sim! O que dizemos é que, infelizmente, não conseguimos refazer num dia o que VV. Ex.as destruíram em quatro

anos,…

Protestos do PSD.

… mas vamos continuar a trabalhar para responder às necessidades que sabemos existirem no Serviço

Nacional de Saúde.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem ainda a palavra o Sr. Deputado Luís Montenegro.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, o corte de 600 milhões de euros na

segurança social é uma ficção, de que o senhor se socorre sempre que está atrapalhado. Agora, os cortes na

saúde são reais! Estão a acontecer no dia a dia da vida das pessoas! Estão a afetar os serviços de saúde! E

são o motivo da greve dos profissionais de saúde, Sr. Primeiro-Ministro!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do PS.

Não fale de ficções! Fale da realidade! A realidade dos cortes é sua, é deste Governo. E é também do PCP

e do BE, que fazem como aquele Ministro da Agricultura que saiu de um lado da manifestação e foi para o outro

lado. Foi o que fizeram hoje: foram «chorar lágrimas de crocodilo» para os hospitais, mas os responsáveis por

estes cortes são também os senhores.