O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 89

36

Sr. Deputado, nós, Grupo Parlamentar do PSD e Grupo Parlamentar do PS — aliás, deixe-me ir mais longe,

o Partido Socialista e o PSD —, estivemos sempre juntos nas transformações grandes, necessárias, que o País

sofreu nos últimos 40 anos e também estivemos juntos sempre que foi preciso mudar e transformar a

Constituição da República Portuguesa.

Sr. Deputado Pedro Delgado Alves, deixe-me dizer, que saudades temos desse Partido Socialista!

Risos de Deputados do BE e do PCP.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Se quiser a Sala só para os dois, a gente sai!

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Que saudades temos do Partido Socialista que era reformista, que

olhava para a sociedade e queria que ela evoluísse, que valorizava a iniciativa privada, que olhava para o

equilíbrio de poderes e que respeitava a separação de poderes.

Aplausos do PSD.

Sr. Deputado Pedro Delgado Alves, hoje, o Partido Socialista — não quero usar a expressão «saltou o muro»

porque do lado do muro está e estará sempre aquela esquerda radical que connosco, ou seja, com o Partido

Socialista e com o PSD, nunca mudou a Constituição, nunca fez as reformas que o País precisava — não é

igual ao Partido Socialista dos seus fundadores.

Deixe-me dizer, Sr. Deputado Pedro Delgado Alves, com um sublinhado especial, quão importantes são os

direitos sociais e que bom é que eles estejam previstos na nossa Lei Fundamental.

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Muito bem!

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Porém, Sr. Deputado, far-me-á a justiça de me acompanhar na reflexão

de que eles — os direitos sociais —, na Constituição, não passam disso mesmo, de previsões expressas de

preceitos constitucionais que todos valorizamos. Mas o importante é efetivá-los, é concretizá-los, é levá-los à

vida das pessoas, e eles nunca estiveram tão afastados da vida das pessoas como quando, em 2011, os

senhores deixaram o País na bancarrota.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Peço-lhe para concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — É que não foi a Constituição que os garantiu, foi o Governo de então

que os concretizou, salvando as finanças públicas do País.

Aplausos do PSD.

Sr. Presidente, termino deixando uma pergunta ao Sr. Deputado Pedro Delgado Alves, que é para isso que

estas interpelações servem.

O Sr. Presidente: — Convém que seja rápido, Sr. Deputado.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Sr. Deputado Pedro Delgado Alves, acha que é respeitar a Constituição

e celebrá-la a forma como os senhores têm enxovalhado o Banco de Portugal, a forma como os senhores

trataram a questão do Conselho de Finanças Públicas e, por último — e vou terminar de imediato, Sr. Presidente

—, a forma como os senhores constantemente desrespeitam práticas, tradições e, até, regras no nosso

Parlamento?

Aplausos do PSD.