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19 DE MAIO DE 2017

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O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Diana Ferreira, do

PCP.

A Sr.ª Diana Ferreira (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Gostaria, desde já, em nome do Grupo

Parlamentar do Partido Comunista Português, de saudar a União das Mutualidades Portuguesas, cujos

membros estão aqui presentes, e cumprimentar também os signatários desta petição.

O PCP sempre respeitou e sempre teve consideração pelo movimento mutualista português, pelas

associações mutualistas, enquanto um setor importante para a economia e enquanto movimento importante

para os seus associados, designadamente na resposta a necessidades de várias dimensões sociais.

O mutualismo, que conta com centenas de anos de história, surge da necessidade de dar resposta em áreas

sociais num momento em que a resposta pública era inexistente.

A título de curiosidade, e até de exemplo, uma das principais associações mutualistas a ser criada foi por

pescadores no âmbito de seguros contra os riscos nas embarcações, em que os pescadores se organizaram

criando uma associação mutualista para a qual todos contribuíam no sentido de que, no caso de acidente ou

dano em algumas das embarcações, houvesse condições para que essa fosse recuperada.

Reconhecemos o importante papel que as associações mutualistas têm desempenhado na proteção social,

nos cuidados de saúde, na criação de caixas económicas e seguros como meio para satisfazer as necessidades

das comunidades.

Entendemos também, e defendemos, que o Estado deve assumir e cumprir efetivamente as suas

responsabilidades em matérias de direitos fundamentais, designadamente nas funções sociais do Estado,

tomando as medidas adequadas para garantir as necessárias respostas públicas à população, sem prejuízo do

trabalho de complementaridade que as associações mutualistas e outras iniciativas populares possam, e bem,

desenvolver nestas áreas.

Quanto à definição do Dia Nacional do Mutualismo, valorizamos — não podemos deixar de o fazer — aquela

que tem sido a comemoração, a 25 de outubro, deste dia pelo significado que tem na história do movimento

mutualista, assinalando a realização do primeiro plenário nacional das associações de socorros mútuos que

decorreu após o 25 de Abril. Percebemos, até considerando o que está escrito na petição, a proposta da data

de 8 de julho.

Tendo em conta o projeto de resolução do Partido Socialista, gostaríamos de manifestar a seguinte

preocupação: tanto quanto sabemos, a proposta de data apresentada pode não ser consensual no setor e

entendemos que era importante dirimir essa questão e encontrar uma solução que garantisse o consenso do

setor nesta matéria. Porque pensamos que a determinação de um dia nacional do mutualismo é um dia

importante para as organizações do setor mutualista, deve, naturalmente, representar a vontade das

associações mutualistas.

Aplausos do PCP e de Os Verdes.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Srs. Deputados, podemos todos congratular-nos pelo largo consenso

que o princípio do mutualismo acabou de registar na Câmara.

Terminada a apreciação conjunta da petição n.º 68/XIII (1.ª) e do projeto de resolução n.º 859/XIII (2.ª), vou

dar a palavra à Sr.ª Secretária Emília Santos para dar conta da entrada na Mesa de iniciativas legislativas.

A Sr.ª Secretária (Emília Santos): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, deram entrada na Mesa, e foram

admitidos, os projetos de resolução n.os 874/XIII (2.ª) — Recomenda ao Governo a promoção de soluções de

financiamento para o Museu Nacional Ferroviário, na cidade do Entroncamento (PS), que baixa à 12.ª Comissão,

e 875/XIII (2.ª) — Recomendação ao Governo para a realização urgente de um estudo sobre as implicações

para a economia portuguesa da saída do Reino Unido da União Europeia (PSD), que baixa à 6.ª Comissão.

É tudo, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Srs. Deputados, vamos passar ao ponto três da ordem do dia, com a

apreciação da petição n.º 96/XIII (1.ª) — Solicitam a revogação do Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3 de outubro,

que aprova o novo regime jurídico do setor público empresarial (Federação dos Sindicatos de Transportes e