2 DE JUNHO DE 2017
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O processo de discussão e votação de legislação sobre o consumo de tabaco trouxeram algumas alterações
que o Grupo Parlamentar do PCP acompanha e concorda. Entre os aspetos que se consideram positivos estão
a equiparação ao ato de fumar a utilização de tabaco sem combustão. Considera-se também positivo medidas
que, por proposta do PCP, passam a integrar a legislação e que são: a definição de espaços de fumadores no
exterior que garantam a proteção dos trabalhadores; a proibição da discriminação dos fumadores; a proteção
dos trabalhadores em matéria de saúde ocupacional; ou o alargamento das consultas de cessão tabágica.
Ficou, contudo, por aprovar a importante proposta do PCP que propunha a comparticipação progressiva até
aos 100% da medicação para cessação tabágica e a distribuição gratuita da medicação a dispensar nas
consultas de cessação tabágica.
Não obstante o conjunto de aspetos positivos que a legislação passou a integrar, para o PCP é inaceitável
que se promovam as «alternativas não combustíveis, que consubstanciem redução de riscos e da nocividade»,
ainda que apenas para «os fumadores para os quais os métodos convencionais de cessação se provem
ineficazes».
Para o PCP é inaceitável qualquer medida de promoção da utilização do tabaco e ainda que sobre novas
formas. Entende o PCP que, ainda que mascarada de redução de risco e de nocividade, essa promoção é
inaceitável. E esta é razão suficiente para que o Grupo parlamentar do PCP não possa votar favoravelmente
uma legislação que o faça.
O Deputado do PCP, João Ramos.
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Nota:As declarações de voto anunciadas pelos Deputados do PS Hortense Martins e João Galamba, do
CDS-PP Hélder Amaral e do PCP Ana Virgínia Pereira não foram entregues no prazo previsto no n.º 3 do artigo
87.º do Regimento da Assembleia da República.
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Presenças e faltas dos Deputados à reunião plenária.
A DIVISÃO DE REDAÇÃO E APOIO AUDIOVISUAL.