12 DE JUNHO DE 2017
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Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PSD, do PS, do BE, de Os Verdes e do PAN e
abstenções do CDS-PP e do PCP.
É o seguinte:
Depois da decisão unilateral e ideologicamente orientada pela presidência dos Estados Unidos da América,
liderada por Donald John Trump, de iniciar o processo de saída do Tratado de Paris, ocorreu em contraposição
uma metamorfose democrática no país operada por cidadãos e Estados, visando respeitar e cumprir as
resoluções do Acordo Climático Internacional.
Esta iniciativa intitula-se Aliança Climática dos Estados Unidos e é composta por 13 Estados, incluindo a
Califórnia, líder na revolução energética em tecnologias renováveis, Nova Iorque, o centro comercial e financeiro
do país, e o Havai, que já assinou legislação para ir ao encontro do acordo climático.
A estes Estados, que representam mais de 200 cidades e cerca de 16% das emissões totais de CO2 do país
— dados de 2014 —, acresce uma coligação mais extensa, apelidada de «We are Still In», composta por
empresas como a Apple, a Google, a Amazon e a Tesla, empresários, governadores e personalidades da
sociedade civil.
Bilateralmente, esta iniciativa estendeu-se além-fronteiras, contando com o ministério chinês da ciência e
tecnologia como parceiro, numa colaboração sem precedentes, preenchendo, assim, o vazio político provocado
por Washington.
Esta mobilização, que visa cumprir as metas de Paris, demonstra que o papel da comunidade científica, do
setor empresarial, das organizações não-governamentais e de largos milhões de cidadãos norte-americanos é
uma força viva e dinâmica no país.
Em suma, realiza-se que a desobediência civil não violenta destes cidadãos, destas empresas, desta aliança
e desta coligação, direcionada a contrariar decisões muitas vezes unilaterais e centralizadas, demonstra que é
possível caminharmos conjuntamente para um planeta sustentável que beneficie todas as espécies que nele
habitam.
Reunida em Plenário, a Assembleia da República congratula o surgimento da Aliança Climática dos Estados
Unidos e da Coligação «We are Still In», tal como o seu fulcral papel no vínculo destes cidadãos, empresas e
Estados ao Acordo Climático de Paris.
O Sr. Presidente: — Passamos agora ao voto n.º 336/XIII (2.ª) — De saudação a Manuel Alegre pela
atribuição do Prémio Camões (Presidente da AR, BE, PSD, CDS-PP, PS, PAN, Os Verdes e PCP), que vai ser
lido pelo Sr.ª Secretária Idália Salvador Serrão.
A Sr.ª Secretária (Idália Salvador Serrão): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«Manuel Alegre é o vencedor do Prémio Camões 2017, precisamente no ano em que o seu O Canto e as
Armas faz 50 anos.
A atribuição do mais relevante prémio para autores de língua portuguesa consagra Manuel Alegre como um
nome maior das letras.
Grande ensaísta e romancista, a sua obra poética já faz parte, por direito próprio, do património cultural
português, tantas vezes celebrada na voz de inúmeros nomes da música nacional.
A voz de Manuel Alegre é a voz da liberdade, desde Argel e da luta antifascista, passando pela Constituinte
até aos combates da democracia, onde disse sempre «presente».
Em Manuel Alegre, a cultura, a cidadania e a política unem-se numa coerência de liberdade, criatividade e
patriotismo.
A Assembleia da República saúda também em Manuel Alegre o seu par, antigo Deputado, antigo Vice-
Presidente, que continua a merecer o reconhecimento e a admiração de todas as bancadas.
Reunida em sessão plenária, a Assembleia da República homenageia, assim, o percurso de Manuel Alegre
no momento em que recebe tamanho reconhecimento literário.»
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar este voto.