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I SÉRIE — NÚMERO 103

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A Sr.ª Teresa Morais (PSD): — Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para que efeito, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Teresa Morais (PSD): — Para uma interpelação à Mesa, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Sr.ª Deputada, pode esperar pelo fim da intervenção do Sr.

Secretário de Estado Adjunto e da Saúde?

A Sr.ª Teresa Morais (PSD): — Posso, com certeza, Sr. Presidente!

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Sr. Secretário de Estado, tem, então, a palavra.

O Sr. Secretário de Estado Adjunto e da Saúde (Fernando Araújo): — Sr. Presidente e Srs. Deputados,

gostava de realçar o papel do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) e dos seus profissionais.

Desde o início, efetivado o nosso plano de catástrofe, foram colocados no terreno, em permanência, cerca

de 25 meios, nos quais incluímos os meios mais diferenciados: três helicópteros de emergência médica, quatro

viaturas médicas de emergência e reanimação (VMER) e cerca de 60 profissionais. Foi acionado todo o plano

que tinha sido testado há muito pouco tempo, por ocasião da visita do Papa, de modo a que tudo funcionasse

de forma articulada com os cuidados de saúde primários e com os cuidados hospitalares.

Nos hospitais, foram avaliadas as questões das camas de cuidados intensivos e de queimados, de modo

que a gestão conjunta de toda a rede do SNS (Serviço Nacional de Saúde) fosse dirigida, especificamente, para

dar resposta a este tipo de doentes.

Relativamente ao caso concreto do bombeiro, que, infelizmente, teve um acidente, devo dizer que ele foi

transportado para o Centro de Saúde de Castanheira, que, de acordo com as condições, era aquele que

localmente poderia oferecer uma melhor resposta, do ponto de vista de proximidade versus capacidade de

resposta. No local, foi atendido por uma equipa do INEM, nomeadamente de uma VMER do Hospital do Médio

Tejo, e foi estabilizado. Foi, depois, transportado para a Prelada.

Houve imensa dificuldade do ponto de vista operacional, em termos de o helicóptero poder pousar,

transportar e evacuar o ferido, mas, durante esse tempo, o bombeiro teve sempre o apoio da equipa do INEM.

Devo chamar a atenção para o facto de, nestes casos de muita instabilidade clínica, que interessa muito mais

estabilizar o doente e transportá-lo de forma adequada do que a velocidade de progressão, a velocidade de

transporte do doente. Transportar o doente de forma apressada pode condicionar, de uma forma desfavorável,

o prognóstico do doente. E, neste caso, o que se fez foi estabilizar o doente, foi prepará-lo clinicamente, da

forma mais adequada, para o transporte, o helitransporte, e depois conseguir as condições, do ponto de vista

operacional, para o fazer. Isso foi efetuado e o bombeiro, que, infelizmente, teve o problema que teve, foi

transportado de forma adequada, do ponto de vista de emergência médica.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Tem agora a palavra a Sr.ª Deputada Teresa Morais para uma

interpelação à Mesa.

A Sr.ª Teresa Morais (PSD): — Sr. Presidente, solicitei a palavra para pedir à Mesa a distribuição da

declaração de internamento do bombeiro Rui Rosinha, que deu entrada na Prelada, não depois de ser transferido

mas desde o início, às 6 horas e 2 minutos da manhã, 10 horas depois do acidente, documento que me foi

entregue, em mão, por familiares do bombeiro, com o pedido expresso de que não deixasse cair no

esquecimento a sua situação.

Aplausos do PSD.