13 DE JULHO DE 2017
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e acusações, uma exoneração e uma completa instabilidade naquela que deveria ser uma das mais protegidas
instituições tradicionais da Nação, ou seja, as suas Forças Armadas.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Tudo isto, pese embora os louváveis esforços do Sr. Presidente da
República.
Para terminar, foi preciso que o Sr. Primeiro-Ministro regressasse de férias para ficarmos a saber, primeiro,
que as armas não estão com terroristas. Mistério…! Como é que o Sr. Primeiro-Ministro sabe disso uma vez
que, presumo, não saberá onde elas estão e o Sr. Ministro da Defesa disse exatamente o contrário?
Aplausos do CDS-PP.
Segundo, ficámos também a saber que este armamento de guerra não tem a perigosidade que se pensava,
pois estaria para abate e até seria relativamente barato. De facto, só faltou agradecer por nos terem livrado
desta sucata inútil.
Aplausos do CDS-PP.
Quando aqui chegamos já não estamos a falar de ministros impreparados para situações difíceis; estamos a
falar de um Primeiro-Ministro que regressou para desvalorizar o que não é desvalorizável — o roubo de
armamento de guerra de enorme potencial letal —, estamos a falar de um Primeiro-Ministro que desapareceu
em plena crise e regressou para, mais uma vez, fingir que não se passa nada.
Protestos do PS.
A partir daí o problema é consigo, Sr. Primeiro-Ministro, e a responsabilidade é sua.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — De facto, foi noticiado que a grande preocupação ao longo deste crise do
Governo foi a sua própria popularidade, daí os focus groups, daí as sondagens no site oficial do Ministério da
Administração Interna.
Se somarmos a isto as demissões de secretários de Estado que, politicamente, eram incontornáveis há um
ano, e o CDS disse-o, a conclusão é óbvia: um Governo a cair às peças, «sem rei nem roque»!
Aplausos do CDS-PP.
Um Primeiro-Ministro que privilegia a lealdade e o companheirismo político à credibilidade do Governo e das
instituições. Mas, Sr. Primeiro-Ministro, a lealdade não substitui capacidade nem o companheirismo se pode
sobrepor à competência.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — No meio disto tudo, quem desapareceu? Desapareceu o político
tarimbado e experiente, o decisor rápido e inflexível desapareceu nesta crise e o que sobrou foi falta de liderança
e isso afeta a confiança dos portugueses no Governo.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Não nos iludamos, o Governo chega a este debate com muito pouco:
chega com o argumento de que a tendência positiva no crescimento e no desemprego, que já vinha do Governo