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19 DE SETEMBRO DE 2017

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serviços públicos essenciais, mas, Sr. Deputado, reconheça o estado em que a catastrófica governação

PSD/CDS deixou esses serviços públicos.

Aplausos do PCP.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Não venha dizer que há dois anos estava tudo ótimo e que agora tudo piorou, porque isso não é verdade.

Não seja sectário e reconheça também os deméritos do Governo PSD/CDS.

Já agora, Sr. Deputado, quando o PCP voltar a propor, na Assembleia da República, medidas legislativas

para resolver esses problemas, não vote contra, que é o que o PSD tem feito sistematicamente.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Filipe Soares.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado António Filipe, registo a declaração política

que aqui fez e deixe-me pegar em alguns acontecimentos destes últimos dias para também analisar um pouco

a situação política em que estamos inseridos.

Foi estranho ver o PSD e o CDS nesta tentativa de, quais emplastros, se colocarem numa fotografia para a

qual, claramente, não foram chamados e, pelo contrário, onde nunca poderiam sequer estar.

O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Essa é boa!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Quando falamos de bons resultados da economia, parece que PSD e

CDS se esqueceram de quando anunciaram ao País que o diabo estava já aí a seguir!

O que tem sido levado por diante é exatamente o contrário do que o PSD e o CDS anunciavam e do que

queriam para o País. Se não, veja-se, quando se decidiu aumentar o salário mínimo nacional, PSD e CDS

diziam: «Não é possível! Não vai ser possível!». O salário mínimo já foi aumentado em 52 € por mês, mas o

PSD e o CDS diziam que não era possível porque a economia não aguentava este ritmo.

Protestos da Deputada do CDS-PP Cecília Meireles.

Já ouvimos tantas vezes esta ladainha de que mais direitos aos trabalhadores e mais salário no bolso ao

final do mês eram um ataque à economia. Quando olhamos para a economia a crescer e para o desemprego a

descer percebemos como muito do medo que tinham transposto para a nossa realidade, na prática, era a vossa

ideologia contra as pessoas e contra os trabalhadores, contra quem vive do seu trabalho, que tentavam impor

ao País e não aquilo que era justo, que era a valorização dos salários.

Ainda me lembro, por exemplo, de como o CDS se juntou ao PSD para alertar para um corte de 600 milhões

de euros nas pensões — daqui a pouco o Sr. Deputado Nuno Magalhães poderá explicar como o iriam fazer.

Mas nós conseguimos, de facto, até ter um aumento extraordinário das pensões, algo que PSD e CDS sempre

negaram, e já temos garantido, pelo menos, que as pensões irão aumentar novamente em 2018, não vão ficar

congeladas como CDS e PSD queriam.

O Sr. Presidente: — Peço-lhe para concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Para concluir, Sr. Presidente, pergunto ao Sr. Deputado se esta ladainha

de que os direitos estão sempre contra a economia e que as pessoas devem ser sacrificadas à economia, de

facto, não tem sido desmontada com a realidade. O que temos provado ao longo destes dois anos é que quanto

mais direitos e rendimentos as pessoas têm melhor está a economia. Por isso, pergunto se a conclusão é essa

ou se a resposta não deve ser a de continuar e aprofundar este caminho.