I SÉRIE — NÚMERO 5
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O Parlamento português expressa assim a sua condenação pelo incumprimento do Regulamento (CE) n.º
1/2005, do Conselho, de 22 de Dezembro de 2004, e do artigo 13.º do Tratado de Funcionamento da União
Europeia pelo Estado português, no que diz respeito à proteção e bem-estar animal no transporte de animais
vivos».
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar.
Submetido à votação, foi rejeitado, com votos contra do PSD, do PS, do CDS-PP e do PCP, votos a favor do
BE, de Os Verdes, do PAN e da Deputada do PS Maria Rosa Albernaz e abstenções de 14 Deputados do PS
(Carla Sousa, Diogo Leão, Elza Pais, Francisco Rocha, Hugo Carvalho, Isabel Alves Moreira, Júlia Rodrigues,
Luís Graça, Marisabel Moutela, Paulo Trigo Pereira, Pedro Bacelar de Vasconcelos, Pedro Delgado Alves, Tiago
Barbosa Ribeiro, Wanda Guimarães) e de 2 Deputados do CDS-PP (João Rebelo e Teresa Caeiro).
Tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.
A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Presidente, para anunciar que apresentaremos uma declaração
de voto.
O Sr. Presidente: — Fica registado, Sr.ª Deputada.
Tem a apalavra o Sr. Deputado João Ramos.
O Sr. João Ramos (PCP): — Sr. Presidente, para anunciar que relativamente aos votos n.os 403/XIII (3.ª) e
404/XIII (3.ª), o Grupo Parlamentar do PCP apresentará uma declaração de voto.
O Sr. Presidente: — Fica registado, Sr. Deputado.
Srs. Deputados, temos agora os votos n.os 405/XIII (3.ª) — De preocupação pela evolução da situação política
na Catalunha, do PS, e 406/XIII (3.ª) — De condenação pela violência e repressão policiais na Catalunha, do
BE e do PAN e subscrito por Deputados do PS, relativamente aos quais cada grupo parlamentar disporá de 2
minutos para intervir.
Tem, então, a palavra o Sr. Deputado Pedro Filipe Soares.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, as cenas a que assistimos no
domingo passado creio que não deixam ninguém indiferente: população pacífica que saiu de casa com a vontade
de exercer o mais nobre ato da democracia, o ato do voto, a ser parada por forças policiais com uma
demonstração clara de violência que teve como resultado, reconhecido, por exemplo, pela Amnistia
Internacional, 893 feridos e um morto.
No nosso voto, não estamos a falar de autodeterminação, apesar de não esquecermos que a Constituição
da República Portuguesa reconhece o direito dos povos à sua autodeterminação; também não estamos a falar
de independência, apesar de termos bem presente na memória a luta dos povos pela independência, como
aquela que uniu o nosso País quanto à independência de Timor-Leste; estamos a falar do mais puro ato da
democracia e da violência que as forças policiais exerceram sobre populações pacíficas que apenas queriam
exercer o seu direito ao voto.
Assim, aqui, na Casa da Democracia portuguesa, o que se pergunta aos democratas e às democratas é se
se calam perante o abuso policial sobre quem apenas queria exercer o seu povo ou se se levantam em
solidariedade para com o ato mais nobre da democracia, que é o de chamar a população a escolher o seu
destino.
Aplausos do BE.
O Sr. Presidente: — Tem, agora, a palavra o Sr. Deputado Miguel Morgado.