25 DE OUTUBRO DE 2017
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Foi a sua incompetência, a sua soberba e a sua insensibilidade que fizeram com que todas as torres de vigia
tivessem sido desmanteladas.
O Sr. João Oliveira (PCP): — É uma forma pouco esperta de desvalorizar o CDS!
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Tudo isto foi fruto do seu Governo e da sua incompetência e foi por
tudo isto que o Sr. Primeiro-Ministro falhou.
Protestos do PS.
O País sabe hoje que tem um Primeiro-Ministro excelente a dar boas notícias, que tem, como dizia a Dr.ª
Assunção Cristas,…
Vozes do PS: — Ah!…
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — … um político habilidoso como Primeiro-Ministro, mas, nas horas
difíceis, nas horas em que os portugueses precisam de um chefe de governo, o senhor está ausente, o senhor
falha e não garante a condução da política pública em Portugal.
Aplausos do PSD.
Protestos do PS.
Sr. Primeiro-Ministro, este debate é também sobre o presente. E o presente é a discussão de uma moção de
censura.
Desafiei-o, na passada quarta-feira, a ter a coragem de trazer ao Parlamento uma moção de confiança
apresentada pelo Governo. O Sr. Primeiro-Ministro respondeu-me, na altura, que não precisava de o fazer, pois
o chumbo desta moção de censura seria uma demonstração de reforço do seu Governo.
Ora, respondeu por si o líder parlamentar do Partido Comunista Português, quando disse aos microfones de
toda a comunicação social que o chumbo desta moção de censura não seria o reforço do seu Governo, o que
significa o mesmo que eu disse aqui.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Estou desejoso de ouvir a resposta do CDS a isso!
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — O Sr. Primeiro-Ministro não trouxe uma moção de confiança porque
sabia que nem o Bloco de Esquerda, nem o Partido Comunista Português, nem o Partido Ecologista «Os
Verdes» a aprovariam, e o senhor não tem a confiança do Parlamento.
Aplausos do PSD.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Vai ouvir mais daqui a bocado!
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Sr. Primeiro-Ministro, este debate é também um debate de futuro,
porque temos de responder rapidamente aos anseios das pessoas.
O Sr. Primeiro-Ministro e o Governo já perderam quatro meses. Perderam quatro meses quando não
quiseram aqui, nesta Assembleia, aprovar o mecanismo extrajudicial para indemnizar as vítimas, os herdeiros e
as famílias da tragédia de Pedrogão. O senhor perdeu quatro meses para fazer aquilo que era evidente para
todos.
Porém, apresentou, no sábado, na sequência de um Conselho de Ministros, um conjunto de medidas. Já
tivemos oportunidade de lhe dizer que o Grupo Parlamentar do PSD está disponível para, conhecendo o
desenho final de todas as medidas e de todas as propostas, apoiar o que for de apoiar, para que as portuguesas
e os portugueses saibam que não é por falta de apoio desta bancada que o País não vai fazer o que precisa.