28 DE OUTUBRO DE 2017
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O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, em relação à votação ocorrida na
semana passada, o Grupo Parlamentar do CDS solicita a retificação do seu sentido de voto, que é contra e não
a favor, no que diz respeito ao ponto 1 do projeto de resolução n.º 1085/XIII (3.ª) — Recomenda ao Governo a
adoção de medidas que garantam o cumprimento efetivo dos horários de trabalho e a conciliação do trabalho
com a vida familiar (PCP).
Apesar de o sentido de voto do CDS ser contra, não altera o resultado final da votação do projeto de resolução
em causa.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente: — Vamos, pois, entrar no período regimental de votações.
Antes de mais, vamos proceder à verificação do quórum de deliberação, utilizando o sistema eletrónico.
Pausa.
O quadro eletrónico regista 207 presenças, às quais se acrescentam 8, — as dos Srs. Deputados João
Ramos e João Oliveira, do PCP, José Moura Soeiro, do BE, e Carlos Abreu Amorim, Luís Leite Ramos, Luís
Montenegro, Maurício Marques e Luís Campos Ferreira, do PSD —, perfazendo 215 Deputados, pelo que temos
quórum para proceder às votações.
Vamos começar por votar o voto n.º 422/XIII (3.ª) — De pesar pela morte da jornalista Daphne Caruana
Galizia, apresentado pelo PSD e subscrito por Deputados do PS, que vai ser lido pelo Sr. Secretário Duarte
Pacheco.
O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«Na passada segunda-feira, 23 de outubro, foi assassinada em Malta a jornalista Daphne Caruana Galizia,
de 53 anos.
A jornalista, que se distinguiu na investigação de matérias relacionadas com os PanamaPapers, foi morta
quando a sua viatura explodiu perto da sua casa, pouco tempo depois de a jornalista ter feito mais uma
publicação sobre tal assunto no blogue que utilizava para divulgar as suas conclusões.
Foi no âmbito de tal investigação que Caruana Galizia tinha vindo a publicar, no último ano, diversos textos
com a referência a alegados casos de corrupção que envolviam altas figuras do Estado.
A jornalista teria já sido alvo de várias ameaças de morte na sequência da publicação do seu trabalho, que
motivou, inclusivamente, a apresentação de alguns processos contra si por difamação.
O assassinato desta jornalista representa um violento ataque à liberdade de imprensa e de expressão
totalmente inadmissível num Estado de direito e numa Europa que defende os valores da liberdade e do respeito
pelos direitos do homem.
Assim, a Assembleia da República, reunida em Plenário, expressa o seu pesar pelo falecimento de Daphne
Caruana Galizia e dirige as suas sentidas condolências à sua família e amigos.»
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar este voto.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Na sequência do voto que acabámos de aprovar, vamos guardar 1 minuto de silêncio.
A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.
Passamos à votação do voto n.º 423/XIII (3.ª) — De condenação pela perpetuação dos abusos à população
rohingya na Birmânia, apresentado pelo PAN e subscrito por Deputados do PS.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr. Presidente, dá-me licença que use da palavra?
O Sr. Presidente: — É sobre o voto que acabei de enunciar?