I SÉRIE — NÚMERO 16
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de capacitar o Estado que é necessário. Respeitamos o Programa do Governo que a Assembleia aprovou e é
com esse Programa que temos o nosso mais importante compromisso.
Aplausos do PS.
Sr.as Deputadas e Srs. Deputados, o Orçamento para 2018 projeta-se num futuro desejado e sustentável.
Prosseguir a redução da dívida pública iniciada neste ano, alcançar um saldo primário excedentário pelo
terceiro ano seguido, após 22 anos de saldos negativos, e recuperar o setor financeiro empresarial é precaver
o futuro.
Convergir com a Europa pelo segundo ano consecutivo é um bom sinal para o futuro.
Um Orçamento com o maior reforço de investimento público das últimas duas décadas, com fortes
investimentos planeados para 2018, é fortalecer o futuro.
Um Orçamento com desagravamento fiscal para os contribuintes no IRS, como no fim da sobretaxa, é um
Orçamento amigo do futuro.
Um Orçamento com aumento de pensões — ao inverso da ameaça do Governo CDS/PSD da sua diminuição
em 600 milhões de euros —, com a valorização das carreiras contributivas muito longas, com o aumento do
subsídio de desemprego, do complemento solidário para idosos, do abono de família, do rendimento social de
inserção ou o reforço da nova prestação para a inclusão é um Orçamento que protege o futuro de milhares e
milhares de portugueses.
Aplausos do PS.
Um Orçamento que apoia a modernização e a eficiência da justiça, que reforça o investimento na proteção
civil, no Serviço Nacional de Saúde, na educação, na ciência e na cultura é um Orçamento que pensa no futuro.
Um Orçamento com medidas fiscais e linhas de financiamento que se somam ao Programa Capitalizar,
apoiando a iniciativa privada, é um Orçamento que prepara o futuro.
Sr. Presidente, Sr.as Deputadas e Srs. Deputados, Sr. Primeiro-Ministro: Temos boas razões para
continuarmos no caminho escolhido. O percurso que já fizemos mostra que valeu a pena. Estivemos, estamos
e estaremos a preparar um futuro melhor.
Aplausos, de pé, do PS.
O Sr. Presidente: — Em nome do Grupo Parlamentar do PSD, tem agora a palavra o Sr. Deputado Luís
Marques Guedes para uma intervenção.
O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Sr.as
Deputadas e Srs. Deputados: De um Orçamento do Estado espera-se visão e ambição. Como documento
fundamental, espinha dorsal dos objetivos estratégicos, das prioridades políticas e das apostas sustentadas de
médio e longo prazos, é por ele, por excelência, que se mede e se avalia o rumo a que o Governo se propõe
conduzir o País.
É claro que a justeza e o acerto do aqui exposto depende da seriedade e da transparência com que ele for,
primeiro, elaborado e, depois, executado.
O currículo do seu Governo, Sr. Primeiro-Ministro, neste particular, é tudo menos abonatório.
Quando olhamos para os dois exercícios orçamentais levados a cabo pelo atual Governo — o de 2016, já
encerrado e com a conta apresentada, e o de 2017, trilhando, sem novidade, o mesmo caminho —,
desgraçadamente, temos de concluir que essa seriedade e transparência orçamentais não passaram de
desavergonhadas ficções.
Aplausos do PSD e do Deputado do CDS-PP João Pinho de Almeida.
Como os dados oficiais e todas as avaliações independentes exuberantemente demonstram, foram
Orçamentos mentirosos. Foram Orçamentos em cuja execução o Governo deu uma volta de 180 graus na