4 DE NOVEMBRO DE 2017
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Aplausos do PS.
Definir a política orçamental e governar com esses resultados é, ao contrário do que afirma a ex-Ministra das
Finanças, não consentir na oportunidade perdida, é ter ambição para o futuro do País, é ter política com presente
e com futuro. É, sobretudo, administrar, substituindo a indiferença social da governação do CDS e PSD pela
preocupação com a justiça e a sensibilidade com as pessoas, que o atual Primeiro-Ministro tem transmitido à
ação governativa. É nesse caminho que temos de prosseguir.
Aplausos do PS.
Estamos no bom caminho, mas é evidentemente necessário fazer mais e melhor. Estamos bem cientes de
que a obra a que o PS se propõe e se propôs, e que acordou no âmbito da maioria parlamentar que apoiou a
investidura do Governo, está incompleta.
A justiça fiscal, a melhoria dos rendimentos das pessoas e a capitalização das empresas, a eficiência dos
sistemas públicos, como os da proteção civil ou dos cuidados de saúde, as políticas para o mar, a habitação, a
igualdade do género, tal como as de descentralização política e de reestruturação da floresta, são exemplos de
áreas onde importa reformar ou aprofundar reformas em curso. Estas, entre outras, são dimensões que estão
presentes e reforçadas na proposta orçamental para 2018, a par dos desafios que se colocam nos planos da
reforma da União Económica e Monetária e do quadro de apoios após 2020.
Sr. Presidente, Sr.as Deputadas e Srs. Deputados: Já o dissemos, este é um Orçamento de continuidade da
mudança que iniciámos. Quem não a desejou e a não quer com ele não pode concordar.
Mas não é um Orçamento, como deprecia o líder cessante do PSD, para os equilíbrios entre os partidos que
apoiam o Governo. Decorre, é certo, de perspetivas de todos eles, desde logo e com maior relevo do Partido
Socialista, mas é, sim, uma vez mais, um Orçamento de reequilíbrio das finanças públicas, de sustentabilidade
da segurança social e, sobretudo, de equilíbrio das políticas que ajudam as pessoas e as empresas.
Aplausos do PS.
Não é, como afiançou, com morbidez, o ainda líder do PSD, um passo para a morte lenta, coisa que, no seu
dizer, às vezes demora muito tempo. Muito tempo, demasiado tempo foi o tempo em que a sua liderança destruiu
os sistemas públicos de educação, saúde, segurança social, proteção civil…
Aplausos do PS.
… e condenou milhares de empresas, por todas as regiões, à falência e milhares de portugueses ao
desemprego e à desproteção do Estado. Isso é que demorou muito tempo, um tempo que, felizmente, acabou!
Aplausos do PS.
Fique a direita também ciente que nem o PS nem o Governo são reféns de organizações patronais, de
sindicatos ou de partidos, de qualquer partido. Somos um partido do Portugal inteiro, somos, no Governo, apenas
reféns da nossa ideia para Portugal.
Aplausos do PS.
Respeitamos todos por igual e com todos trabalhamos para preparar o futuro, já. Ficamos felizes quando
podemos beneficiar com as críticas e acolher sugestões ou propostas. Isso mesmo faremos na apreciação na
especialidade da proposta orçamental, em vários domínios e de forma especial nos casos emergentes da
tragédia dos incêndios.
Não seguimos os que têm o poder de reivindicar em prejuízo dos que não o têm. Não seguimos interesses
particulares que não se incluam no interesse nacional. Não alimentamos um Estado inútil, mas não prescindimos