I SÉRIE — NÚMERO 19
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O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — … mas o que nós queremos é apoios a toda a economia, a todas
as empresas.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Para terminar, Sr. Presidente, queria deixar só uma nota final sobre
as propostas do regime de pagamento dos subsídios de Natal e de férias em duodécimos.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Vocês querem acabar com o subsídio definitivamente!
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — O CDS é muito claro nesta matéria: o nosso princípio é o da
liberdade de escolha. Faz sentido que sejam os trabalhadores a escolher quando é que querem receber os
subsídios de férias e de Natal:…
O Sr. João Oliveira (PCP): — Vocês querem é acabar com os subsídios!
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — … se quiserem escolher recebê-los de uma vez, podem fazê-lo,…
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem mesmo de terminar, Sr. Deputado.
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — … se quiserem escolher recebê-los ao longo do ano, devem poder
fazê-lo também.
A questão é que o sítio certo para termos esta discussão não é no âmbito de uma benesse de um Orçamento,
que está todos os anos dependente de aprovação. Esta discussão deve ser tida no âmbito do Código do
Trabalho, e é essa a proposta que o CDS vai fazer, no sentido de dar liberdade de escolha aos trabalhadores e
aos empregadores para poderem escolher como e quando é que querem receber os seus subsídios de Natal e
de férias.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Vocês estão a acabar com os subsídios, pois claro!
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Espero que, na altura, tenhamos o apoio do Partido Comunista
Português, que rasga as vestes nesta matéria,…
O Sr. João Oliveira (PCP): — Pode ir procurar namoro noutra freguesia!
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Sr. Deputado, queira concluir.
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — … mas, pelos vistos, quer impor-se à vontade dos próprios
trabalhadores.
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem a palavra o Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares.
O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares (Pedro Nuno Santos): — Sr. Presidente, Sr.as e
Srs. Deputados: O Sr. Deputado Carlos Abreu Amorim fez uma intervenção irada, zangado porque o Parlamento,
a maioria parlamentar, não lhe aprovou nenhuma medida. Chegou mesmo a evocar uma democracia abafada,
mas o chumbo das propostas resulta exatamente do funcionamento da democracia: em democracia, manda a
maioria.
Aplausos do PS.