I SÉRIE — NÚMERO 19
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euros, uma medida de grande importância e de inteira justiça para com aqueles que viram as suas vidas
completamente devoradas pelas chamas dos incêndios que ocorreram no nosso País.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos passar à proposta, apresentada pelo PCP, de aditamento de
um artigo 203.º-A — Aditamento à Lei Geral Tributária.
Tem a palavra o Sr. Deputado Bruno Dias.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: O PCP
apresentou as propostas 497-C, de aditamento de um artigo 173.º-A — Alteração ao Regime de IVA de caixa,
501-C, de aditamento de um artigo 203.º-A — Aditamento à Lei Geral Tributária e 503-C, de aditamento de um
artigo 226.º-A — Revisão legal de contas de micro e pequenas empresas para a eliminação ou redução de
custos administrativos das micro e pequenas empresas.
Combater estes custos em dinheiro e em tempo é decisivo para a competitividade e rendibilidade, a
dinamização da economia e do emprego, com estas empresas que são a grande maioria do tecido empresarial
nacional.
A par do processo em curso de redução do PEC, com vista à sua eliminação através da sua substituição por
coeficientes técnico ou económicos, o PCP entende que existem condições políticas para que, em 2018, sejam
aprovadas medidas concretas para novos avanços neste domínio.
O PCP propõe medidas para melhorar o âmbito e procedimentos no regime de IVA de caixa e assim
responder a um fator de dificuldade de tesouraria a muitas micro, pequenas e médias empresas. Não ignoramos
as dificuldades resultantes para as empresas das situações de atrasos nos pagamentos de clientes,
nomeadamente quando esses atrasos são agravados na proporção do IVA faturado mas não recebido que estas
empresas têm que entregar ao Estado.
O PCP propõe que se possa criar a possibilidade de acertos de contas entre obrigações de impostos a pagar
e direitos de impostos a receber, nomeadamente IVA e IRC, indo ao encontro de antigas aspirações de muitos
micro, pequenos e médios empresários, limitando algumas das dificuldades de tesouraria que não são da sua
responsabilidade.
O PCP propõe que seja atualizado o valor do volume de negócios a partir do qual é exigida a revisão legal
de contas a uma empresa. As condições que obrigam à revisão legal de contas das empresas, nomeadamente
o valor de referência para o volume de negócios, não são atualizadas desde 1998, tornando assim obrigatório
este procedimento em inúmeras pequenas empresas por via da desvalorização monetária da inflação,
agravando os respetivos custos administrativos. É também essa situação que importa resolver.
Soluções concretas para problemas reais das micro, pequenas e médias empresas é o que nos move nesta
matéria, Srs. Deputados, não a defesa dos interesses dos grandes grupos económicos, e queremos aqui
relembrar que a derrama de IRC que faz subir os impostos em 2 pontos percentuais para lucros acima de 35
milhões de euros e que tanto enraivece o PSD e o CDS não abrange nenhuma micro, pequena ou média
empresa, o que afeta as micro, pequenas e médias empresas é o calvário de procedimentos fiscais e
administrativos, são os pagamentos feitos e tarde ou nunca reavidos, é o pagamento especial por conta, que
tem fim à vista por decisão aprovada na Assembleia da República através de uma proposta apresentada pelo
PCP e que obteve os votos contra do PSD.
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente: — Passamos agora à proposta aditamento de um de artigo 216.º-B — Criação de uma
contribuição especial turística do Algarve para isentar a A22 de portagens, apresentada pelo BE.
Tem a palavra o Sr. Deputado João Vasconcelos.
O Sr. JoãoVasconcelos (BE): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, a
introdução de portagens nas antigas SCUT continua a provocar graves prejuízos económicos, sociais e na
mobilidade das populações e empresas afetadas.